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Enurese noturna na infância: evidências polissonográficas de modulação por estágio e tempo de sono

Foram avaliadas 18 crianças, com idade variando de 5 a 12 anos (8,2 ± 2,3 anos), com enurese noturna idiopática primária, sendo 10 meninos e 8 meninas. Todas realizaram avaliação pediátrica, urológica e neurológica sem evidenciar etiologia para a enurese (idiopática). Todas apresentavam enurese desde os primeiros anos de vida sem controle prolongado (primária). Apresentavam enurese ao menos uma vez por semana por ocasião da monitorização e não faziam uso de medicações. Foi realizada polissonografia de noite inteira incluindo eletrencefalograma, eletroculograma, eletromiografia submentoniana e de tibials anteriores, termístores nasais e bucais; eletrociardiograma; pneumógrafo, oximetria transcutanea contínua e detector de emissão de urina. Somente as polissonografias em que houve episódio enurético foram incluídas nesta análise, sendo avaliada uma polissonografia por paciente. Durante a polissonografia, 77,8% das crianças tiveram um episódio enurético; 16,7% tiveram dois episódios; 5,6% tiveram três. Os episódios enuréticos mostraram maior ocorrência no sono não-REM (NREM) do que no REM (p<0,06). Dentre os estágios NREM não houve predomínio para a ocorrência de episódios enuréticos (n.s.). Observamos tendência para os episódios enuréticos surgirem nos dois primeiros ciclos de sono mas tal tendência pode ser atribuível à maior duração destes ciclos iniciais. Os episódios enuréticos se mostraram modulados também pelo tempo, ajustando-se a uma distribuição normal com média em 213,4 min de registro de sono.

enurese; polissonografia; sono; parassônia


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