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Craniectomia descompressiva no infarto cerebral extenso

Vinte e um pacientes foram submetidos a craniectomia descompressiva para o tratamento de infarto cerebral extenso. Dez pacientes (47,6%) apresentaram boa evolução em avaliação após 6 meses, 8 apresentaram evolução desfavorável (38%) e 3 faleceram (14,2%). Durante o seguimento, não se evidenciou diferença estatística na evolução entre pacientes operados antes e após 24 horas do ictus, nem entre lesões envolvendo o hemisfério dominante versus não dominante. Pacientes com mais de 60 anos e aqueles com Escala de Coma de Glasgow (ECG)<8 na avaliação pré-operatória apresentaram pior evolução após 6 meses (p<0,05). A craniectomia descompressiva para infartos hemisféricos extensos aumentam a probabilidade de sobrevivência. Idade abaixo de 60 anos e ECG >8 no exame pré-operatório e craniectomia descompressiva antes de sinais de herniação cerebral representam os principais fatores relacionados a uma melhor evolução clínica. Infarto hemisférico envolvendo o hemisfério dominante não representa um critério de exclusão.

infarto cerebral; hemicraniectomia descompressiva; descompressão cirúrgica


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