Os autores relatam sua experiência com 9 casos de derivação ventriculo-peritoneal que desenvolveram hematoma subdural crônico como complicação do procedimento. Três pacientes eram crianças, dois eram adultos com estenose do aqueduto de Sylvius e quatro, com hidrocefalia normobárica. Nos casos de hidrocefalia crônica, os hematomas foram drenados por orifício de trépano associado a oclusão temporária do catéter distal da derivação. Em dois pacientes, extremamente dependentes de válvula, optou-se por derivação subduro--peritoneal e manutenção da derivação ventrículo peritoneal original, observando-se gradual e completa reabsorção da lesão em tomografias computadorizadas de crânio seriadas. Em dois casos foi necessário trocar o sistema de drenagem por outro de pressão mais elevada. Em um caso procedeu-se a craniotomia e exérese da cápsula do hematoma para tratar coleções recidivantes. Com exceção de um paciente falecido em decorrência de complicações infecciosas, todos retornaram ao estado anterior ao desenvolvimento do hematoma.