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Bandas oligoclonais da IgG no líquido céfalo-raquidiano de doentes portugueses com esclerose múltipla: resultados negativos indicam doença benigna

Analisamos a frequência de bandas oligoclonais (BOC) restritas ao líquido céfalo-raquidiano (LCR) em doentes portugueses com esclerose múltipla (EM) e sua relação com a clínica. Determinaram-se por focagem isoeléctrica e imunodetecção as BOC da IgG em pares de amostras LCR/soro de 406 doentes com diversas patologias neurológicas: 92 tinham EM definitiva; os casos "não-EM" agruparam-se em doenças inflamatórias/infecciosas (ID; n=141) e outras/controles (OD; n=173). O grupo EM apresentava duração média: 38,9 meses; síndromes clinicamente isolados (CIS), 24%; formas surto/remissão (RR), 65%, nas quais se encontrou EDSS e índice de progressão médios de 2,1 e 0,31, respectivamente. O perfil positivo predominava significativamente na EM (82,6%; ID, 40,4%; OD, 3,5%), cuja sensibilidade e especificidade neste diagnóstico foi 82% e 79,9%, respectivamente. A única diferença estatisticamente significativa no grupo EM foi o menor índice de progressão nos casos negativos. Em conclusão, a frequência de BOC positivas nos nossos doentes EM enquadrou-se nos valores da literatura, e a sua negatividade indicou evolução benigna.

esclerose múltipla; LCR; bandas oligoclonais; IgG; focagem isoeléctrica


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