O termo SIRPIDs é um acrônimo do inglês que pode ser traduzido como: descargas ictais, periódicas ou rítmicas induzidas por estímulos e foi utilizado pela primeira vez em 2004. Este padrão é observado no eletroencefalograma contínuo (CEEG) obtido pela estimulação de pacientes comatosos. A fisiopatologia dos SIRPIDs provavelmente envolve uma falha na regulação das projeções corticais e subcorticais, particularmente nos circuitos talamocorticais, num cérebro anormal com o córtex hiperexcitável. Isso pode explicar a associação encontrada por alguns estudos entre as descargas epileptiformes periódicas (PEDs) prolongadas e uma maior incidência de crises eletrográficas, bem como de SIRPIDs. É descrita associação entre os SIRPIDs e pior prognóstico. Ainda não é possível determinar se estas descargas podem causar dano neuronal ou se elas são simplesmente marcadoras de lesão cerebral grave. O objetivo deste artigo é revisar a relevância clínica, a fisiopatologia dos SIRPIDs e seu papel como resposta cerebral no paciente crítico.
descargas ictais; periódicas ou rítmicas induzidas por estímulos; descarga epileptiforme periódica; paciente comatoso; videoeletroencefalograma contínuo; status epilepticus não convulsivo