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Avaliação do comportamento do papiledema na hipertensão intracraniana idiopática: a propósito de dois casos

Cefaléias com características crônica, diária, acompanhadas de edema de papila e tinitus pulsátil, sem nenhum achado neuroradiológico ou citobioquímico no líquor, são altamente sugestivas de hipertensão intracraniana idiopática (HII). Entretanto a ausência do papiledema não invalida o seu diagnóstico. A razão pela qual alguns pacientes não desenvolvem papiledema na HII é desconhecida, porém algumas hipóteses relacionadas com propriedades intrínsecas da bainha do nervo óptico têm sido propostas. Neste estudo relatamos dois pacientes do sexo feminino que apresentaram diagnóstico de HII com papiledema, evoluindo para resolução do papiledema sem a devida resolução da HII. O comportamento do nervo óptico (NO) frente ao aumento da pressão intracraniana foi avaliado neste estudo a partir de um monitoramento intermitente criterioso da pressão intracraniana. Concluímos que o NO submetido a um período de hipertensão intracraniana pode adaptar-se a este ambiente promovendo uma resolução do papiledema para normalidade papilar. A presença ou ausência de papiledema na HII pode estar relacionada ao período no qual seu diagnóstico é realizado.

cefaléia; pressão intracraniana; papiledema; pseudotumor cerebral


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