Acessibilidade / Reportar erro

A respeito da fisiopatologia da cefaléia pós-ataque isquêmico transitório

Em uma série de 49 pacientes com episódios únicos ou múltiplos de ataque isquêmico transitório (AIT), 12 apresentaram cefaléia em estreita associação com as manifestações isquêmicas. Cefaléia foi mais freqüente em pacientes com hipotensão ortostática ao primeiro exame pós-TIA e naqueles em uso de vasodilatadores. Não foi detectada associação com hipotensão arterial ou com história pessoal ou familial de enxaqueca. A localização da dor teve pouca correlação com o território isquêmico, em pacientes com AIT vertebrobasilar ou carotídeo. A dor durante os AITs se deve provavelmente a interação entre vasos sangüíneos e sua inervação. Os vasos têm papel central no controle do fluxo sangüíneo cerebral. A gênese da dor é provavelmente ligada à estimulação de receptores e liberação de moléculas sinalizadoras da agressão isquêmica. Mecanismos reflexos parecem justificar a dor em territórios distantes à isquemia.

cefaléia; cortisol; isquemia cerebral transitória; serotonina; sistema neuroendócrino; sistema trigeminovascular


Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org