O acidente vascular cerebral (AVC) é reconhecido como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade. Seqüelas decorrentes deste evento podem levar a inabilidade motora e déficits leves a graves. Para classificar melhor a disfunção sensitivo-motora, o equilíbrio e as habilidades para as atividades de vida diária, escalas de avaliações quantitativas e qualitativas estão sendo utilizadas. OBJETIVO: Correlacionar a escala de desempenho físico de Fugl-Meyer, a escala de equilíbrio de Berg e o índice de Barthel. MÉTODO: Foram selecionados 20 sujeitos com sequela de um único e unilateral AVC em fase crônica (>6 meses pós ictal), que passaram pelas avaliações por cerca de uma hora. RESULTADOS: A escala de Barthel correlacionou-se com a pontuação motora total de Fugl-Meyer (r=0,597, p=0,005). A seção para membros inferiores de Fugl-Meyer teve correlação positiva com a de Berg (r=0,653, p=0,002) e com a seção de equilíbrio da própria escala de Fugl-Meyer (r=0,449, p=0,047). Ambas as escalas de equilíbrio tiveram correlação entre si (r=0555, p=0,011). A divergência estatística apareceu quando se correlacionou a Escala de Barthel com o índice de Berg (r=0,425, p=0,062), não sendo estatisticamente significativo. CONCLUSÃO: O uso de escalas quantitativas e qualitativas mostrou ser um bom instrumento de medida para a classificação do quadro físico geral do paciente, ainda mais quando são aplicadas avaliações em conjunto que se relacionam positivamente.
escala de desempenho físico de Fugl-Meyer; escala de equilíbrio de Berg; índice de Barthel; acidente vascular cerebral