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Flutuações motoras e não-motoras e seu impacto na qualidade de vida de pacientes com doença de Parkinson

RESUMO

O fenômeno de encurtamento do fim de dose é comum em pacientes com doença de Parkinson. Tanto os sintomas motores quanto os não motores podem flutuar em relação aos períodos de “on/off”.

Objetivo:

Avaliar o impacto das flutuações motoras e não-motoras nas atividades da vida diária e qualidade de vida em pacientes com doença de Parkinson.

Métodos:

Um estudo transversal foi realizado. Todos os sujeitos foram avaliados utilizando a escala unificada para a doença de Parkinson da Sociedade de Distúrbios do Movimento. O encurtamento do fim de dose foi avaliado através do questionário WOQ-19 e a qualidade de vida foi avaliada através do PDQ-8.

Resultados:

Um total de 271 pacientes foram incluídos, 73,4% tiveram deterioração de fim de dose. A maioria dos pacientes tiveram tanto flutuações motoras quanto não-motoras (46,8%). Os pacientes com ambos os tipos de flutuações motoras e não-motoras tiveram pior qualidade de vida do que pacientes apenas com flutuações motoras (p = 0.047).

Conclusões:

Pacientes com flutuações motoras e não-motoras tiveram impacto significativo nas atividades da vida diária e na qualidade de vida. As flutuações não-motoras parecem ter um impacto maior que as flutuações motoras sobre a qualidade de vida.

Palavras-chave:
doença de Parkinson; qualidade de vida; atividades cotidianas

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