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Análises de livros

Análises de livros

L'HYDROCÉPHALIE DU NOURRISSON. Marc-Richaro Klein. Um volume com 133 páginas e 61 ilustrações. Masson et Cie., Paris, 1958.

Êste livro, embora de pequeno porte, esforça-se por abarcar todos os aspectos do problema. Inicialmente são expostas as bases fisiopatológicas das hidrocefalias, bem como os vários elementos que participam na produção, circulação e reabsorção do liqüido cefalorraquidiano. A seguir é discutida a patogenia, sendo criticados Cairns e Dorothy Russel que admitem a existência constante de uma causa capaz d¿ obstruir a livre circulação do liqüido cefalorraquidiano. Confessa Klein ter sido adepto dêste ponto de vista, tendo sido levado a abandoná-lo, dentre outras razões, pelo fracasso das numerosas técnicas de derivação que tentou; se o problema fosse apenas de uma causa mecânica obstrutiva, as operações de derivação seriam plenamente capazes de resolvê-lo. Aparentemente o autor tem razão, mas não devemos esquecer que nos casos em que há, indubitavelmente, uma única causa de obstrução, como em certos tumores do tronco cerebral, a hipertensão ã montante é resolvida por uma operação de derivação; além disto, na síndrome de Dandy-Walker a hidrocefalia também pode desaparecer pela simples abertura dos orifícios imperfurados do 4º ventrículo.

O autor coloca-se entre aqueles que defendem um ponto de vista exclusivista: a hipersecreção verdadeira, isolada, corresponde melhor aos fatos observados, não obstante afirme que "le pourquoi de cet affolement dans la fabrication lu liquide nous échappe". Ê estranhável que o autor admita a necessidade desta hipersecreção mesmo naqueles casos em que existe uma causa evidente de bloqueio, tumoral ou inflamatória. Não há dúvida que expõe com inteligência e clareza certo número de fatos que aguardam explicação, demonstrando que a hipertensão intracraniana algumas vêzes não pode ser interpretada apenas como resultante do acúmulo de liqüido à montante da causa de obstrução. Admite a existência de uma variabilidade na quantidade de liqüido secretado, determinada por mecanismos obscuros relacionados com um ou outro dos agentes da obstrução. Esta obscuridade não atemoriza o autor que se lança, audaciosamente, na procura de uma explicação, apelando mesmo para a "paraphyse", massa de "arborizações conjuntivo-vasculares", situada na parte anterior do 3<> ventrículo, adiante da tela coroidéia. Embora afirme desconhecer como pode funcionar esta "paraphyse" na regulação da secreção do liqüido cefalorraquidiano, Klein afirma que não é absurdo supor que ela desencadeie e mantenha a hipersecreção. A argumentação é pouco ou nada convincente, pois parte do pressuposto, não provado, de que a secreção do liqüido cefalorraquidiano é mantida por um órgão mais ou menos misterioso, e que este mesmo órgão é responsável pela hipersecreção que o autor admite mas não consegue explicar. Mais estranho ainda é que persista nesta tentativa de explicação, depois de ver frustada as tentativas de tratar a hidrocefalia pela destruição da "paraphyse". À página 129, depois de expor a técnica que propõe para eliminar esta hipotética causa de hidrocefalia, afirma mesmo: "II ne nous semble pas que les résultats obtenus jusque-là soient satisfaisants. Nous avons pu obtenir une réduction de 1'hypersécrétion, mais non un arret. La maladie n'est done pas entretenue par la paraphyse"!

O estudo clínico das hidrocefalias, feito nos capítulos III e IV, revela intenso convívio do autor com o assunto. Em excelente exposição, muito útil para o leitor, especializado ou não, encontramos sintetizados os vários exames aconselhados como auxiliares de diagnóstico.

A técnica cirúrgica é exposta com detalhes, pretendendo o autor corrigir alguns dos defeitos que encontrou na primitiva técnica proposta, em 1918, por Dandy. Em síntese aconselha: a) colocar a cabeça do paciente na mesa cirúrgica, de tal modo que permita o esvasiamento de um único ventrículo, para que a cauterização possa ser feita a seco. Esta posição deve ser mantida por alguns (?) dias no pós-operatório; b) evitar a lesão do tálamo e coagular completamente o plexo coróide; c) evitar que o hemisfério cerebral colabe durante o período em que o ventrículo esteja vazio; d) ao fechar a incisão cirúrgica, voltar a colocar o liqüido cefalorraquidiano que havia sido retirado, procurando manter a mesma pressão intraventricular encontrada antes da operação.

Afirma Klein que a operação, feita com anestesia geral, é benigna e bem suportada. Esta afirmação é muito importante, pois a casuística do autor é de mais de 200 casos. Infelizmente não encontramos uma apreciação estatística clara e precisa dos resultados alcançados nestes casos. Não temos dúvida em nos colocar - juntamente com o autor - entre aqueles que consideram muito difícil o julgamento da evolução dêstes casos. A diversa gravidade inicial e as lesões tantas vêzes irreparáveis existentes antes da intervenção, tornam bastante complexo o julgamento do valor de uma ou outra intervenção proposta para o tratamento da hidrocefalia. Não obstante seria sempre possível a apreciação exata sôbre a evolução da hidrocefalia pròpriamente dita, embora reconheçamos que nem sempre estamos em condições de poder avaliar a evolução das conseqüências da hidrocefalia. O autor, revelando também aqui grande experiência no assunto, expõe vários elementos que poderiam interferir no prognóstico, chamando a atenção para a importância da precocidade da intervenção terapêutica. Chega mesmo a apresentar uma relação: A = em que Y é o aumento (em cm) do perímetro craniano do paciente em um período dado, X o aumento do perímetro de uma criança normal no mesmo período, A a "porcentagem do aumento". Sempre que A seja baixa (ao redor de 30%) o prognóstico é bom, quando se associa a um quociente elevado (?). Nestes casos a supressão de apenas um plexo coróide seria suficiente.

Não conseguimos entender como o autor obteve esta "porcentagem". Admitamos, para exemplificar, que o perímetro de um hidrocefálico tenha crescido 8 centímetros (Y) quando deveria ter crescido apenas 2 (X). A relação seria A = , ou seja 3. Será que um caso como êste comportará bom prognóstico?

O autor refere-se ã "porcentagem" numa imprecisão de têrmos inaceitável. É possível que esta relação seja realmente muito útil; entretanto, exposta de maneira tão imprecisa ela pode dar margem a confusões.

A seguir são expostos os vários critérios seguidos no estabelecimento do prognóstico, inclusive, com algum detalhe, o exame do desenvolvimento psicomotor. Ê bastante interessante, e revelador da boa experiência do autor, o estudo do desenvolvimento psico-motor antes e depois da intervenção, ou seja, a verificação da influência direta da hidrocefalia sôbre o desenvolvimento. Apresenta o autor uma regra, estabelecida empiricamente, mas que parece bastante útil: o retardo de 3 meses admite bom prognóstico, o de 6 meses um prognóstico médio e o de um ano um prognóstico mau. Apesar das limitações óbvias desta "regra", não deixa de ser interessante utilizá-la como um critério a ser confirmado pela experiência, é curioso que o autor tenha verificado a "não correspondência entre a rapidez com que a curva do perímetro craniano tende para o normal e aquela da tendência à normalização do quociente de desenvolvimento". Êste fato é salientado por todos os que lidam com hidrocefalias; muitas vêzes ficamos surpreendidos com o bom nivel de desenvolvimento mental de pacientes com hidrocefalias estacionadas com grandes perímetros cranianos.

A seguir são expostos os vários critérios seguidos no estabelecimento do ningites, malformação de Arnold-Chiari, encefaloceles e malformações do aqueduto de Sylvius). A parte mais fraca do livro é aquela em que são expostos os resultados obtidos. Para quem já operou mais de 200 casos é muito insuficiente a afirmação de que "nous avons toujours observé une stabilisation complete ou, du moins, une tres forte réduction de la quantité de liquide produite" (pág. 131). Realmente é uma tarefa muito difícil a exposição dos resultados obtidos no tratamento de cada um dos tipos de hidrocefalia, principalmente levando-se em conta que cada grupo deveria contar com casos de diversa gravidade, e com tempo de evolução pré-operatório diferente. É precisamente por essa dificuldade que seria interessante conhecer com mais detalhes os resultados alcançados por um autor de tão larga experiência.

O livro de Marc-Klein é muito útil para o especialista; êle deve ser lido por todos aqueles que se interessam pelo estudo das hidrocefalias. Podemos discordar de alguns pontos de vista do autor e considerar algumas de suas afirmações como carentes de prova. O que é certo é que o assunto é exposto com grande honestidade, merecendo ser cuidadosamente meditado. Um tema tão ingrato como o tratamento de hidrocefalia ainda deve ser considerado aberto à discussão. Será seguramente através de estudos como este que poderemos caminhar no sentido da solução dêste problema que há tantos anos vem desafiando os neuro-cirurgiões de todo o mundo.

Antonio B. Lefèvre

LA DYSTROPHIE MYOTONIQUE (STEINERT) ET LA MYOTONIE CONGÉNITALE (THOMSEN) EN SUISSE. ÉTUDE CLINIQUE, GÉNÉTIQUE ET DEMOGRAPHIQUE. D. Klein. Um volume (16 x 24) com 328 páginas, 289 figuras e 14 quadros. Suplemento ao volume 7 do Journal de Génétique Humaine. Éditions Medicine et Hygiène, Genève, Suiça, 1958.

Investigações genéticas sistematizadas sôbre as afecções neurológicas heredodegenerativas vinham sendo feitas, há longos anos, apenas nos países escandinavos. Agora, também a Suiça começa a apresentar importantes estudos nêsse extenso e profícuo setor; o Journal de Génétique Humaine, cuja publicação foi iniciada em 1953, pelo Instituto de Genética da Clínica Oftalmológica da Universidade de Genebra (Prof. A. Franceschetti), vem referindo dados cada vez mais importantes e de indiscutível valor para a compreensão e avaliação das heredo-degeneracões.

A monografia ora apresentada por R. Klein constitui importante contribuição de conjunto, resultado de mais de 10 anos de pesquisas contínuas, revendo os aspectos clínicos, genéticos e demográficos da distrofia miotônica e da miotonia congênita. O vultoso material reunido - 319 casos - permitiu ao autor ter uma visão geral sobre todas as famílias suíças atingidas, para determinar a freqüência dessas moléstias, sua distribuição geográfica e seu modo de transmissão, para apreciar as variações de sua sintomatologia e suas correlações com outras anomalias do desenvolvimento, para julgar sôbre o grau de fertilidade dos doentes e para anotar suas repercussões intelectuais e afetivas infuindo sobre a capacidade de trabalho e de recuperação dos pacientes.

Depois de estudar as relações nosológicas entre a distrofia miotônica e a miato-nia congênita mostrando que entre elas existem diferenças fundamentais tanto do ponto de vista clínico como sob o aspecto genético e de analisar estatisticamente as manifestações clínicas e os dados heredológicos da distrofia miotônica (moléstia de Steinert), R. Klein expõe suas observações, de casos e de famílias, salientando as variações sintomatológicas e os elementos genealógicos, documentando-as com ilustrações esclarecedoras. A casuística, cuja relação ocupa as 252 páginas da segunda parte da monografia, constitui, evidentemente a parte mais importante, pelos ensinamentos que proporciona sôbre os caracteres clínicos fundamentais, sôbre a evolução e sôbre as conseqüências médicos-sociais destas abiotrofias heredo-familiares.

O. Lange

ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS, CLÍNICOS Y QUIRÚRGICOS DE LAS EPILEPSIAS. S. Obrador Alcalde e J. C. Oliveros Pérez. Monografia com 217 páginas e 81 figuras, publicada pelo Instituto de Investigaciones Clínicas y Médicas (Madrid). Editorial Paz Montalvo, Madrid, 1957.

Os problemas atinentes às epilepsias, em seus aspectos fisiopatológicos, não podem ser estudados sem o auxílio da neurofisiologia que explica, também, muitas das proteiformes manifestações clínicas. Por isso, a parte inicial desta monografia é constituida por uma introdução neurofisiológica na qual é estudada a transmissão sináptica no sistema nervoso central, sendo revistos o potencial sináptico, as causas da despolarização, os fenômenos de facilitação, os potenciais de ação, os mecanismos de excitação e de inibição.

Depois de recordar as várias classificações propostas para as formas de epilepsia, baseadas em critérios clínicos, anatômicos ou eletrencefalográficos, os autores estudam a natureza fisiopatológica das descargas convulsivas, assim como o modo de início, a propagação e a inibição de tais descargas, os fatores (constitucionais, condicionados, bio-quimicos) que as modulam, os sistemas e circuitos neuronais que participam das crises dos tipos principais de epilepsia. Atenção especial mereceu a análise dos dados eletrencefalográficos, sendo correlacionadas as alterações eletro-clínicas dos diversos potenciais de determinado foco epileptógeno e sua ativação. A parte mais importante desta monografia é constituída pelo estudo, feito à luz das mais recentes aquizições, das características clínico-eletrencefalográficas das epilepsias centrencefálicas, das epilepsias corticais, das epilepsias temporais. Nos últimos capítulos são revistas as medicações mais consentâneas para cada caso e as normas gerais para o tratamento médico dos epilépticos, assim como, e isso com base em abundante casuística pessoal, as variadas formas de terapéutica cirúrgica.

Trata-se, como se depreende dêste sumário comentado, de monografía de grande utilidade, publicada em momento em que em todos os centros neurológicos são debatidos os problemas relativos à epilepsia. O livro demonstra o adiantamento dos especialistas espanhóis neste terreno, permitindo-lhes imprimir grande segurança às assertivas, quase sempre bem documentadas. Excelente a apresentação tipográfica, sendo de lamentar, apenas, a falta de índice remissivo final que tornaria mais fácil a consulta.

O. Lange

AROUND THE CLOCK AIDS FOR THE CHILD WITH MUSCULAR DYSTROPHY. M. Edwards. Opúsculo (14x22) com 32 páginas e 60 figuras, editado pela The Muscular Dystrophy Association of America Inc., New York, 1957.

A Muscular Dystrophy Association Inc., além de editar numerosas revistas e monografias versando sobre distrofias musculares para uso de neurologistas, de ortopedistas, de pediatras e, mesmo, de clínicos gerais, publica também opúsculos destinados à divulgação popular, que ensinam o que são as distrofias musculares e, especialmente, os meios de diminuir-lhes os efeitos perniciosos, indicando os melhores modos para a reabilitação dos pacientes. A moléstia, que atinge crianças até a idade de 8 a 10 anos e jovens de 15 a 16 anos, constitui pesada carga para os familiares. Dai a extraordinária utilidade de opúsculos contendo orientação para os pais, visando aproveitar ao máximo as capacidades motoras restantes tornando, assim, menos amarga a existência da criança, auxiliando-a a participar das atividades no seio de sua família. O ABC dos cuidados para com a criança distrófica é descrito e ilustrado neste opúsculo, sendo a ordenação dos itens feita de acôrdo com as necessidades diárias. Pela manhã, o modo de sentar-se no leito, com ou sem auxílio; o vestir-se; a passagem da cama para a cadeira de rodas (com auxílio de tábua que faz ponte entre a cama e a cadeira ou com ajuda de pessôa da família quando a incapacidade é completa); o uso das várias dependências do banheiro, bem como escovar os dentes e pentear-se (êstes últimos atos utilizando hastes em forma de L, tendo na extremidade a escova de dentes ou o pente). Até a hora do almoço serão realizados trabalhos manuais, leitura ou folguedos, de acôrdo com a idade e a capacidade funcional da criança. As refeições deverão ser feitas na mesa juntamente com os familiares, usando o doente, tanto quanto possível, suas próprias mãos para alimentar-se; podem ser adaptados utensílios especiais, de modo a não exigir grande esfôrço do paciente; os líqüidos podem ser ingeridos através de canudos. Sendo, em geral, o déficit motor mais acentuado ao nível das cinturas escapulares, o paciente será treinado no sentido de usar as mãos utilizando varas com um gancho na extremidade, a fim de apanhar objetos que estiverem no chão. Os passeios em cadeira de rodas são úteis porque obrigam ao uso dos membros superiores. À noite, ao deitar-se, o paciente deverá ser orientado tanto na passagem da cadeira de rodas para a cama, como no despir-se. Os vários segmentos do corpo deverão ser mantidos em posições funcionais por meio de goteiras, sendo também colocadas grades de arame que evitem o pêso das cobertas sôbre os pés, a fim de evitar deformidades. Nos casos graves, com incapacidade quase total, deverão ser feitas as mudanças de decúbito, com ou sem auxilio. São de capital importância os fatores emocionais, considerando-se sempre que a criança distrófica é mentalmente sadia e que reage e pensa como as demais. Há muito mais a fazer do ponto de vista psico-social do que simplesmente tratar do déficit motor. Deverá, além disso, haver rigorosa disciplina quanto à alimentação; a dieta deverá ser regulada para evitar peso excessivo, que traz sempre conseqüências desagradáveis.

Êste opúsculo, extremamente útil para os parentes de crianças portadoras de distrofias musculares é distribuido gratuitamente e poderá ser pedido diretamente à The Muscular Dystrophy Association Inc., Broadway 1790, New York 19, U. S. A.

Abrão Anghinah

QUANTITATIVE UNTERSUCHUNGEN AN DER SEHRINDE. Herbert haug. Monografia (16,5x24) com 130 páginas, 49 figuras e 29 tabelas. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1958. Preço: DM 15.

Nesta monografia o autor expõe os resultados de pesquisas quantitativas - contagem celulares - feitas no córtex visual, procurando estabelecer os limites normais de variação no homem adulto, as reduções numéricas em casos de esquizofrenia, assim como as proporcionalidades encontradas no estudo do córtex visual de alguns mamíferos. Depois de excelente recapitulação histórica sôbre os trabalhos dos que procuraram esclarecer a citoarquitetura <do córtex visual, de uma exposição sobre a ontogênese e de minuciosa referência aos métodos empregados em suas pesquisas pessoais, o autor relata os dados relativos ao material: 5 animais mamíferos de grande porte, 15 animais mamíferos de pequeno porte, 20 cérebros humanos de adultos neurològicamente normais, 6 cérebros de pacientes esquizofrênicos. Os dados obtidos mediante pacientíssimas contagens celulares, correlacionados às várias camadas dos córtex visual, às espécies animais consideradas e ao desenvolvimento onto e filogenético, permitiram ao autor estabelecer coeficientes de variações que são de grande importância para o estudo das alterações encontráveis em estados patológicos.

Os neuropatologistas, os neuroftalmologistas e os neurologistas encontrarão nesta monografia dados de grande valor que completam, pràticamente de modo exaustivo, os dados citoarquitetônicos entrevistos por Gennari, por Vicq d'Azyr e por Baillarger e brilhantemente estudados por Brodmann, Campbell e Von Economo.

O. Lange

AN INTRODUCTION TO PSYCHO-PATHOLOGY. D. Russel Davis. . Um volume com 388 páginas. Oxford University Press, Londres - New York - Toronto, 1957.

Escrevendo êste livro o autor teve em mira estabelecer um traço de união entre Clínicas Psiquiátricas e Laboratórios de Psicologia, servindo tanto para os que, profissionalmente ligados ao diagnóstico e tratamento das doenças mentais, procuram explicações psicológicas para seus problemas clínicos, como para os que, procedendo a pesquisas de psicologia experimental, querem estender seu trabalho aplicando-o para fins de diagnóstico clínico. Os psiquiátricas, como regra geral, têm poucas oportunidades para trabalhar em Psicologia Experimental e conhecer o mecanismo dos métodos psicológicos; os psicólogos, por outro lado, tem escasso conhecimento dos problemas que se apresentam na Clínica Psiquiátrica. No entanto, êstes dois grupos de especialistas colherão grandes benefícios da cooperação que resultará do entendimento mútuo. Tendo trabalhado, no início de sua carreira profissional e durante largos anos, como psiquiatra e tendo, ulteriormente, se filiado a um ativo grupo de psicologistas do Cambridge Psychological Laboratory, o autor, ciente das dificuldades interpretativas que encontrou quando trabalhou em um e outro campo isoladamente, julgou-se capaz, agora, de expor as interdependências entre essas duas disciplinas, no sentido de completá-las reciprocamente.

Na primeira parte, após introdução em que são criteriosamente estabelecidas a definição de psicopatologia, as relações entre a psicopatologia e a psicologia, as relações entre a psicopatologia e outros ramos correlatos do conhecimento, o autor estuda a influência dos fatores psicológicos ambientais, as predisposições às desordens mentais, os mecanismos e as variedades das reações mentais anormais, analisando, a seguir, as contribuições da psicanálise para o estudo das doenças mentais. Os fatores hereditários, as motivações sociais e educacionais, as influências do abuso de tóxicos são revistos, sempre sob o mesmo prisma psico-patológico. Esta primeira parte do livro é terminada pelo estudo do desenvolvimento mental, com especial referência aos testes para a avaliação da inteligência, tanto de nível médio como de nível superior, sendo esmiuçadas as funções cerebrais de mais alta hierarquização, indispensáveis para o intercâmbio de idéias e para a elaboração do pensamento abstrato e concreto.

Na segunda parte do livro o autor, sempre procurando discutir as manifestações dos distúrbios mentais dentro de conceitos e teorias psicológicas, estuda as neuroses experimentais, analisando os resultados obtidos por vários grupos de pesquisadores, as aplicações das teorias psicológicas sobre as modificações do comportamento frente à variabilidade das condições ambientais e sociais, as motivações dos conflitos de adaptação, as conseqüências das frustações. As características dos distúrbios mentais nas esferas afetiva, perceptiva e intelectual, tanto nos processos funcionais como em conseqüência de lesões cerebrais orgânicas, são apresentadas e discutidas sob o ponto de vista psicopatológico. O último capítulo é dedicado à revisão crítica dos métodos psicoterapêuticos.

O. Lange

ELEKTROENCEPHALOGRAPHISCHE STUDIEN BEI HIRNTUMOREN. Rudolf Hess. Monografia (16,5x24) com 106 páginas e 39 tabelas. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1958. Preço: DM 19,80.

O autor procura valorizar os dados eletrencefalográficos para o diagnóstico de localização dos tumores cerebrais, admitindo que a êste meio de pesquisa deve ser dada especial preferência pelos neurocirurgiões pois os elementos que êle fornece podem ser, em certos casos, tão importantes como outros dados, como sejam os fornecidos pela ventriculografia e pela arteriográfia, recursos diagnósticos nem sempre isentos de perigo. O material utilizado nesta monografia é constituido por exames eletrencefalográficos de 682 pacientes internados na Neurochirurgischer Universitätsklinik de Zürich (Prof. H. Krayenbübl), todos portadores de tumores intracranianos, confirmados seja pela intervenção cirúrgica seja pelo exame necroscópico. Os achados eletrencefalográficos, dissociados em seus elementos básicos, foram analizados estatisticamente com grande meticulosidade, sendo comparados com os dados clínicos, cirúrgicos e necroscópieos. Depois de estabelecidos os padrões de normalidade, são descritas as alterações eletrencefalográficas de caráter geral e difuso, os ritmos delta de natureza focal e propagados, as ondas lentas de origem focal, as depressões focais, os potenciais paroxísticos. Os resultados, condensados em 39 tabelas de grande valor instrutivo, não podem ser mais resumidos do que o foram pelo autor que, depois de exaustivo trabalho, pôde emitir, além de seguras conclusões de grande valor para o diagnóstico topográfico, excelentes correlações negativas e positivas entre as alterações eletrencefolagráficas e a localização e extensão das lesões neoplásticas.

Neurologistas, neurocirurgiões e eletrencefalografistas devem ler esta monografia na qual a minuciosa análise dos resultados permitiu, também, conclusões que deverão ser confirmadas por estudos ulteriores e que foram lançadas como hipótese de trabalho para abrir caminhos para novas pesquisas neste terreno, cheio de amplas possibilidades.

O. Lange

THE CLINICAL EXAMINATION OF PATIENTS WITH ORGANIC CEREBRAL DI-SEASE. R. Klein e W. Mayer-Gross. Um volume com 96 páginas e 9 figuras. Cassell Co. Ltd., Londres, 1957.

Os progressos da Neurologia nos últimos anos no domínio da semiologia levaram ao emprego de provas bastante minuciosas para o diagnóstico de lesões cerebrais focais, especialmente no tocante às modificações do comportamento em relação ao próprio corpo ou aos objetos com os quais o paciente mantém contacto. Entretanto as informações práticas necessárias para o exame de funções cerebrais altamente diferenciadas e integradas nos mais altos níveis funcionais do sistema nervoso só são encontráveis, de modo esparso e fracionado, em revistas especializadas, nem sempre ao alcance dos internistas e dos médicos práticos. Mesmo para os neurologistas nem sempre é fácil a tarefa de examinar de modo completo as funções mais altamente intelectualizadas porquanto são raros os casos com lesões idênticas, não sendo, por outro lado, a identidade e extensão das lesões paralelas aos quadros clínicos que variam consideravelmente, o que não permite comparação e deduções que conduzam ao estabelecimento de regras gerais. Os relatos de casos isolados registrados na literatura permitem teorias e, às vêzes, generalizações teóricas que nem sempre têm demonstrado valor prático para o exame cuidadoso dos doentes.

Os autores procuraram reunir neste pequeno volume, de fácil manuseio, os esquemas de testes e provas que já demonstraram seu valor prático para o diagnóstico de lesões cerebrais, e que devem complementar o exame neurológico de rotina toda a vez que houver suspeita de que os altos níveis funcionais estejam comprometidos. Dentro de critério seletivo rigoroso são estudadas as provas para o diagnóstico dos distúrbios da linguagem (afasias, disfasias), as desordens da esfera visuo-perceptiva (agnosias, alexias, amusias), os distúrbios secundários às lesões dos lobos temporais, as desordens do esquema corporal, as regras e conseqüências da dominância cerebral, os distúrbios gerais da atenção, da inteligência e do pensamento, da memória, da afetividade e do humor, as alterações da consciência.

Substanciais fontes de referência e bem composto índice remissivo completam éste pequeno livro, cuja leitura é recomendável a todos quantos tenham de examinar pacientes com lesões cerebrais afetando os mais altos níveis de hierarquização do sistema nervoso central.

O. Lange

MENTAL DEFICIENCY. L. T. Hilliard e Brian H. Kirman. Um volume com 517 páginas e 89 ilustrações. J. & A. Churchill Ltd., Londres, 1957.

A deficiência mental não justifica mais, hodiernamente, o emprêgo de procedimentos ultrapassados que visavam segregar os pacientes, afastando-os da comunidade; pelo contrário ela deve ser encarada sob prisma que permita possibilidades de reintegrá-los social e psicologicamente. Os conceitos antigos que a atribulam a diátese neuropática hereditária estão sendo paulatinamente substituídos por concepções de maior sentido científico visando a resocialização dos mentalmente deficitários para torná-los aproveitáveis para o trabalho no ambiente familiar e social. Êste livro, produzido por uma equipe de pesquisadores no campo da deficiência mental, visa atualizar os conhecimentos quanto aos aspectos clínicos e sociais do problema, mostrando as melhores maneiras para resolvê-lo, pois é mais razoável tentar alterar o condicionamento ambiental individual do que considerar os deficientes mentais como inadaptáveis, abandonando-os à própria sorte e à incompreensão dos familiares, que às vêzes, só os prejudicam com suas manifestações afetivas desordenadas.

O livro é dividido em três partes. A primeira diz respeito aos aspectos legais, sociais, etiológicos e psicológicos da deficiência mental. Na segunda são relatados e discutidos os diferentes problemas que a deficiência mental apresenta quanto a seus aspectos clínicos qualitativos e quantitativos, sendo analizados o comportamento das crianças mentalmente atrazadas, as crianças subnormais do ponto de vista educacional, as crianças ineducáveis, as crianças fisicamente defeituosas e com problemas de readaptação, os adolecentes e adultos mentalmente deficientes e as possibilidades de sua resocialização. A terceira parte é dedicada ao tratamento em suas várias modalidades: médico e cirúrgico, familiar, educacional, social, reabilitador e readaptador; êste capítulo termina com excelentes normas de conduta e conselhos aos familiares dos deficientes mentais. Em apêndice são relatados algumas conclusões a que chegou, em relação à deficiência mental, a Royai Comission on The Law relating to Mental Illness and Mental Deficiency, cujo trabalho, visando reestruturar leis inglesas, foi publicado em maio de 1957. Aliás, tornando-o ainda mais útil para os que têm a responsabilidade de resolver estes problemas em relação à comunidade, o livro é freqüentemente enriquecido com citação de leis que no Reino Unido regulam o assunto dos deficientes mentais sob o ponto de vista legal.

Neurologistas, psiquiatras, médicos internistas, psicologistas, assistentes sociais e, mesmo, advogados só terão a lucrar com a leitura deste livro que coloca sob bases modernas problemas que sempre determinam dúvidas, preocupações e desenganos. Esmerada apresentação tipográfica, excelente documentário ilustrado, referências bibliográficas adequadas e cuidadoso índice remissivo completam este livro, tornando sua consulta fácil e altamente compensadora.

O. Lange

A SEARCH FOR MAN'S SANITY. Um volume com 615 páginas contendo uma seleção de cartas e notas biográficas de Trigant Burrow, compilada pelo Comité Editorial da Lifwynn Fundation. Oxford University Press, New York, 1958.

Êste livro é uma homenagem da Lifwynn Foundation ao seu fundador, Trigant Burrow, que foi o introdutor da psicanálise nos Estados Unidos da América do Norte depois de haurir os ensinamentos de Freud e de Jung. O livro é subdividido em capítulos que marcam, sucessivamente, a evolução das idéias dêste pioneiro da psicanálise de grupo, através de cartas cuidadosamente selecionadas por um grupo de discípulos em enorme correspondência particular que revela algumas facetas na personalidade de Trigant Burrow: capacidade de trabalho, honestidade de propósitos, persistência na pesquisa, elevado senso de auto-crítica, fidellidade às amizades, amor à família e, especialmente, grande comunicabilidade.

Diplomado em Medicina e dedicando-se desde cedo à Psicologia, Trigant Burrow fêz, em 1909, longo estágio com Jung, com o qual se inclinou decididamente pela Psicanálise. Entretanto, com o correr dos anos, durante os quais trabalhou intensamente, verificou que os métodos de Freud e de Jung não resolviam completamente o problema que se cristalizara em seu espírito e que constituia a tese que desenvolveu a partir de 1920: para Trigant Burrow a análise do indivíduo não poderá ser completa se não fôr, também, considerado o grupo ambiental do que êle faz parte. Daí sua preocupação em desenvolver a análise de grupo, dando, para isso, o exemplo de discutir seus próprios problemas com seus discípulos, amigos e familiares, aos quais comunicava amplamente tôdas as suas idéias, seus sucessos e suas preocupações. As desordens do comportamento, para Trigant Burrow, são essencialmente de caráter social e interrelacionai, exigindo observação e estudo em função do grupo dinâmico onde se originaram; a êste ponto de vista foi dado um significado pragmático na associação e análise mútua mantida durante o restante de sua vida com seu discípulo e associado Clarence Shields, associação da qual nasceu o método de pesquisa para análise do comportamento em determinado grupo social e ambiental. Assim, Trigant Burrow rompeu a praxe psicanalítica até então habitualmente seguida segundo a qual os acontecimentos da sua vida pessoal - interêsses do lar e da família - deveriam ser mantidos afastados do seu comportamento em relação aos pacientes que analisava; ao contrário, as repercussões emocionais concomitantes ou derivadas de sua atividade como homem de sociedade, como marido ou como pai, forneciam material para análise do comportamento humano. Esta auto-aplicação dos princípios que regiam sua atividade científico-profissional era característica de Trigant Burrow, o que levou Kurt Goldstein a escrever-lhe: "Sois um dos poucos cientistas que nos obrigam a considerar que, para eles, a vida e o trabalho estão estreitamente correlacionados". Esta metódica de trabalho originou as famosas sessões regularmente realizadas no Lifwyn Camp, propriedade de Trigant Burrow que se tornou a Meca da comunidade interessada na Psicanálise de Grupo e de onde partiu a idéia da criação da Lifwynn Foundation for Laboratory Research in Analytic and Social Psychiatry, o que foi feito em 1927.

A comunicabilidade de Trigant Burrow o levou a manter ativa correspondência com familiares, colegas, discípulos e amigos, na qual expendia seus sentimentos, idéias e preocupações. Essas cartas, especialmente as escritas entre 1909 e 1950, selecionadas e ordenadas neste livro publicado pela Lifwynn Foundation constituem manacial precioso para todos quantos se interessem - e não serão apenas os psicologistas e os psicanalistas - pela evolução das idéias e pela intensa atividade de um cientista que durante tôda sua vida foi um defensor acérrimo do bem estar humano, visando, com sinceridade, a melhora dos padrões de vida e a melhor contatuação do homem com a Sociedade. Para todos os que o puderem fazer, a leitura dêste livro constituirá um estímulo ao trabalho e ao sadio otimismo.

O. Lange

DIE HIRNGESCHWÜLSTE IN BIOLOGISCHER UND MORPHOLOGISCHER DAR-STELLUNG, K. J. Zülch. Um volume (23,5 x 15,5) com 248 páginas e 102 figuras: 3ª edição melhorada. Editora Johann Ambrosius Barth, Leipzig, 1958. Preço: DM 26.

Êste livro já é bastante conhecido dos neurologistas e neuropatologistas, pois K. J. Zülch - Professor de Neurologia em Kõln e chefe de Departamento do Instituto Max-Planck para pesquisas cerebrais - é autoridade inconteste em assuntos relativos aos tumores do sistema nervoso. Esta terceira edição segue as mesmas normas que as anteriores, melhorada no que diz respeito à documentação mediante novos métodos de estudo, acrescida de novas tabelas em virtude do aumento de material - que se compõe agora de 6.000 tumorações estudadas histológicamente - e complementada por novas referências hauridas nas mais recentes publicações da literatura médica.

No capítulo introdutório K. J. Zülch recapitula e analisa as várias classificações propostas para os tumores cerebrais, detendo-se mais promenorizadamente nas de Bailey-Cushing, de Roussy-Oberling, de Penfield, de Bergstrand e de Kernohan, terminando por referir as justificativas da sua própria classificação, baseada na origem dos elementos neoplásicos e com 4 grupos principais (neuroepiteliais, meso-dérmicos, ectodérmicos, mistos). Os tumores neuroepiteliais se dividem, por sua vez, em 4 grupos: 1, meduloblastomas (retinoblastomas, pineoblastomas, medublastomas do cerebelo, simpatoblasttomas); 2. gliomas (espongioblasomas, oligodendrogliomas, astrocitomas, glioblastomas); 3. paragliomas (ependinomas, pinealomas, neurinomas); 4. gangliocitomas. Os tumores mesodérmicos são representados pelos meningeomas, angioblastomas, fibromas, sarcomas, condromas, lipomas, osteomas e cordomas. Os tumores ectodérmicos compreendem os craniofaringeomas, os adenomas da hipófise e os epiteliomas. Os tumores mistos compreendem os epidermóides, os dermóides e os teratomas.

Na segunda parte do livro - parte geral - são revistas as teorias e os trabalhos experimentais que procuram explicar a origem e o desenvolvimento das neoplasias e os elementos heredológicos e intercurrentes (traumatismos) que tem sido incriminados como fatôres causais, assim como os dados estatísticos quanto é freqüência, à idade de ocorrência, à localização. Nesta mesma parte Zülch estuda os aspectos macro e microscòpicos gerais das neoplasias que acometem o sistema nervoso (consistência, cor, arquitetura, forma, afinidades pelos corantes habituais, isomorfia, disposição do núcleo e do estroma, crescimento, resultados de cultura, caracteres das células neoplásicas encontradas no liqüido cefalorraquidiano, alterações celulares regressivas, alterações consecutivas às irradiações) assim como as alterações produzidas pelo crescimento neoplásico sobre as células nervosas, direta ou indiretamente (anóxia, edema, tumefação).

Na terceira parte - parte especial - são estudadas as características histopatológicas de cada neoplasia em particular, sendo apresentadas excelentes ilustrações fotográficas. Terminando esta parte são revistas as características de outras tumorações de caráter não neoplásico como sejam os aneurismas, os granulomas (parasitários, tuberculosos, luéticos). As 10 últimas páginas do livro são dedicadas à exposição da metódica a seguir no que se refere aos tumores do sistema nervoso, tanto para diagnóstico final como para verificações pré-operatórias.

O que foi resumido quanto ao conteúdo dêste livro e o renome do seu autor são suficientes para valorizar esta obra, cuja leitura é recomendada a neurologistas e a neuropatologistas.

O. Lange

LIVROS RECEBIDOS

Enfermedades del Músculo. Estudio Patológico. R. D. Adams, D. Denny-Brown e C. M. Pearson. Tradução castelhana do original norte-americano feita por José A Coll. Um volume (18 x 27) com 514 páginas e 187 figuras. Editorial "La Fragua", Buenos Aires, 1957.

The Clinical Examination of of Patients with Organic Cerebral Disease. R. Klein e W. Mayer-Gross. Um volume com 96 páginas e 9 figuras. Cassei Co. Ltd., Londres, 1957.

An Introduction to Psycho-Pathology. D. Russel Davis. Um volume com 388 páginas. Oxford University Press, Londres-New York-Toronto, 1957.

Mental Deficiency. L. T. Hilliard e Brian H. Kirman. Um volume com 517 páginas e 90 figuras. J. & A. Churchill Ltd., Londres, 1957.

Group Processes. Coletânea de conferências e discussões promovidas pela The Josiah Macy Jr. Foundation com a participação de 25 especialistas. Um volume com 328 páginas. Josiah Macy Jr. Foundation Publications, New York, 1957.

La Dystrophic Myotonique (Steinert) et la Myotonie Congénitale (Thomsen) en Suisse. Etude clinique, génétique et démographie. D. Klein. Um volume (16 x 24) corn 328 páginas, 289 figuras e 14 quadros. Suplemento ao volume 7 do Journal de Génétique Humaine. Éditions Médecine et Hygiène, Genève, Suiça, 1958.

On the Significance of Psychic Factors in the Development of Peptic Ulcer. Willy Hojer-Pedersen. Monografia (16x24) com 232 páginas e 59 tabelas. Suplemento 119 de Acta Psychiatrica et Neurológica Escandinavica. Ejnar Munksgaard, Copenhague, 1958.

Die Hirnegeschwiilste in biologischer und morphologischer Darstellung. K. J. Zülch. Um volume (15,5 x 23,5) com 249 páginas e 101 figuras. Terceira edição. Johann Ambrosius Barth Verlag, Leipsig, 1958.

A Search for Man's Sanity. The Selected Letters of Trigant Burrow with Biographical Notes. Um volume (15 x 22) com 615 páginas preparado pelo Comité Editorial da Iifwynn Foundation. Oxford University Press, New York, 1958.

Der Kopfschmerz. Differentialdiagnostik und Thérapie für die Praxis. Hartwig Heyck. Um volume (13x19,5) com 301 páginas e 9 ilustrações. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1958. Preço: DM. 29,70.

The Measurement and Appraisal of Adult Intelligence. David Wechsler. Um volume com 297 páginas, 74 tabelas e 16 gráficos. Quarta edição. The Williams & Wilkins Co., Baltimore, 1958. Preço: US$ 5.00.

The Cerebrospinal Fluid: Production, Circulation and Absorption. Um volume (13,5x20,5) com 335 páginas e 141 figuras, contendo 15 trabalhos apresentados em simpósio promovido pela Ciba Foundation. J. & A. Churchill Ltd., Londres, 1958. Preço: 50 s.

A Follow-up Study of 128 Closed Head Injuries in Twins Using Co-Twins as Controls. Sven J. Dencker. Monografia (16x24) com 125 páginas, duas figuras e 36 tabelas. Suplemento n» 123 de Acta Psychiatrica et Neurológica Scandinavica. Ejnar Munksgaard, Copenhague, 1958.

A Psychometric Study of Identical Twins Discordant for Closed Head Injury. Sven J. Dencker e Barbro Lõfving. Monografia (16x24) com 50 páginas, 12 figuras e 6 tabelas. Suplemento m 122 da Acta Psychiatrica et Neurológica Scandinavica. Ejnar Munksgaard, Copenhague, 1958.

Mental and Physical Illness Among Paupers in Stockholm. Gunnar Inghe. Monografia (16x24) com 316 páginas, 8 diagramas e 32 tabelas. Suplemento m 121 da Acta Psychiatrica et Neurológica Scandinavica. Ejnar Munksgaard, Copenhague, 1958.

Mental Symptoms in Temporal Lobe Epilepsy and Temporal Lobe Gliomas. Tors-ten Bingley. Monografia (16x24) com 151 páginas e 19 tabelas. Suplemento m 120 da Acta Psychiatrica et Neurológica Scandinavica. Ejnar Munksgaard, Copenhague, 1958.

Nota da redação: A notificação dos livros recentemente recebidos não implica em compromisso da Redação da revista quanto à publicação ulterior de uma apreciação. Todos os livros recebidos são arquivados na biblioteca do Serviço de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Dez 2013
  • Data do Fascículo
    Set 1958
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