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Efeito da N-acetilcisteína sobre o vasoespasmo na hemorragia subaracnóidea

O vasoespasmo arterial encefálico continua sendo uma complicação extremamente grave que acomete pacientes com hemorragia subaracnóidea (HSA) por ruptura de aneurismas. O arsenal terapêutico atual ainda, em muitos casos, é insuficiente e a busca de novas alternativas terapêuticas torna-se necessária. Neste estudo, avaliamos a ação da N-acetilcisteína (NAC) sobre o vasoespasmo arterial encefálico em um modelo experimental. Foram utilizados 24 ratos wistar divididos em 4 grupos: [1] Controle, [2] HSA, [3] HSA+NAC e [4] HSA+Placebo. O modelo experimental utilizado foi o da dupla injeção subaracnóidea de sangue autólogo. A dose proposta da NAC foi de 250 mg/kg/dia por via intraperitoneal. Foi analisada a área interna da artéria basilar para avaliação da ação da NAC. O modelo experimental mostrou-se excelente com mortalidade de 4%. A mensuração da área interna da artéria basilar do grupo HSA demonstrou diminuição significativa em relação ao grupo controle (p=0,009). A administração da NAC reduziu significativamente o vasoespasmo em relação ao grupo não tratado (p=0,048) e estabeleceu diferença não significativa em relação ao grupo controle (p=0,098). Não houve melhora significativa com administração de placebo (P=0,97). O modelo da dupla hemorragia mostrou-se bastante útil para reprodução do vasoespasmo, com baixos índices de mortalidade. A administração da NAC diminuiu significativamente o vasoespasmo decorrente da HSA, podendo representar uma nova alternativa terapêutica.

hemorragia subaracnóidea; vasoespasmo; N-acetilcisteína


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