A craniectomia descompressiva (CD) tem papel fundamental no tratamento da hipertensão intracraniana refratária, mas não é isenta de complicações. Uma complicação rara é a “síndrome do trefinado” (ST). Ela ocorre quando as forças gravitacionais se sobrepõem à pressão intracraniana.
Objetivo
Determinar a utilidade do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO) como fator prognóstico após cranioplastia.
Método
Foram acompanhados 5 pacientes trefinados portadores da ST. Estes pacientes foram submetidos à ressonância magnética com medida do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO).
Resultados
Dois pacientes apresentaram uma assimetria do DBNO, sendo o diâmetro maior do lado craniectomizado. Para nossa surpresa estes evoluíram melhor do que os que apresentavam o DBNO simétrico. Estes pacientes se tornaram independentes uma semana após, e estatisticamente mais cedo do que os outros.
Conclusão
Há evidências de que a assimetria do DBNO sirva como fator de bom prognóstico após cranioplastia no pacientes portadores da ST.
craniectomia descompressiva; síndrome do trefinado; nervo óptico