Uma mulher de 31 anos desenvolveu síndrome cerebelar e neurastênica, de evolução lentamente progressiva, após 14 anos de exposição ocupacional a vapores de tolueno em baixas concentrações. Os únicos achados do exame neurológico e neuropsicológico foram sinais cerebelares (severos) e déficit visuo-espacial e práxico-construcional (moderado). A neuroimagem tomográfica mostrava acentuada atrofia pancerebelar, com preservação das outras estruturas cerebrais. Dois anos após interrompida a exposição, a ataxia e a neuroimagem (TC) estavam inalteradas, enquanto a função visuo-construcional havia parcialmente melhorado. Os autores chamam a atenção para o possível risco neurotóxico relacionado a esse tipo de exposição, numa tentativa de prevenção de casos semelhantes.
atrofia cerebelar; neurotoxicidade; solventes orgânicos; tolueno