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Tratamento endovascular das lesões estenóticas em bifurcação carotídea: estudo retrospectivo de 79 pacientes tratados por "stent" e angioplastia com e sem mecanismos de proteção cerebral

Este estudo mostra a experiência e resultados da terapêutica endovascular nas lesões estenóticas em bifurcação carotídea. Entre fevereiro de 1998 e março de 2003 foram tratados 79 pacientes com idades entre 57 e 72 anos (média 64,5 anos) sendo 45 do masculino e 34 do feminino. Todos os pacientes enquadravam-se nos critérios do estudo "NASCET" com comprometimento das artérias carótidas internas. Dos 79 pacientes, 43 foram tratados sem os sistemas de proteção e 36 pacientes foram tratados com sistema de proteção. Dos 36 pacientes tratados com sistema de proteção foram utilizados filtros de proteção (Angioguard e EPI). Observou-se melhora angiográfica em todos os 79 pacientes tratados. Ultrasom Doppler realizado após 6 meses mostrou artérias pérvias em todos os pacientes. Nos 43 pacientes tratados por "stent"/angioplastia sem a utilização de sistemas de proteção tivemos um paciente com déficit neurológico que perdurou por mais de 30 dias ("stroke major") e um óbito por transformação hemorrágica devido à reperfusão. Ocorreu síndrome de hiperperfusão em 1 paciente dos 36 pacientes tratados com o sistema de proteção, regredindo em 7 dias, sendo que nos demais não houve morbi-mortalidade. A angioplastia e "stent" no território carotídeo com a utilização de sistema de proteção é um método seguro com reduzida morbidade e mortalidade estando indicada nas lesões estenóticas das bifurcações carotídeas.

stent artéria carotída; aterosclerose carotídea; terapêutica endovascular


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