OBJETIVO: A cirurgia para hiperidrose palmar e axilar usualmente inclui a interrupção da cadeia simpático-torácica em múltiplos níveis. Este estudo objetivou apresentar os resultados tardios associados à simpatectomia torácica vídeo-assistida (STVA) dos gânglios T2,T3 e T4 nesses casos. MÉTODOS: Foram analisados os resultados cirúrgicos obtidos em 36 pacientes quanto à taxa de resolução dos sintomas e à ocorrência de hiperidrose compensatória (HC). Todos os sujeitos foram acompanhados por 36 meses. RESULTADOS: Bons resultados foram observados em 98,6% dos pacientes para a forma palmar e em 60% para a forma axilar (p=0,0423). Em 86% dos casos, havia relato de algum episódio de HC, mas apenas 45% ainda notavam sua ocorrência ao final do período de acompanhamento. CONCLUSÕES: A STVA é eficaz para o tratamento da hiperidrose palmar, mas mostrou-se plenamente satisfatória em apenas dois terços dos casos associados à forma axilar. A HC deve ser considerada ocorrência esperada no protocolo cirúrgico; no entanto, evolui de maneira autolimitada na maioria dos casos.
hiperidrose; simpatectomia torácica vídeo-assistida; gânglios simpáticos; neuroendoscopia