Baseado em estudo prévio que demonstrou que os pacientes com transtorno do pânico apresentavam aumento na porcentagem de expressão de linfócitos com fenótipo virgem (CD45RA+ e CD62L+), aumento no cortisol plasmático, assim como diminuição na produção de interleucinas, foi sugerido que as alterações na porcentagem de expressão dessas moléculas de superfície dos linfócitos poderia estar relacionada com a liberação de substâncias pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e possivelmente associada ao transtorno do pânico (cortisol, IL-2, serotonina e epinefrina). Com o objetivo de estudar essas alterações, células mononucleares do sangue periférico de voluntários normais foram estimuladas com mitógeno, na presença de dexametasona, IL-2, serotonina e epinefrina. A expressão de CD62L "in vitro" é diminuida com IL-2. Serotonina e epinefrina não promovem alterações na expressão dessas moléculas de superfície. Os resultados desse estudo "in vitro" estão de acordo com o estudo clínico prévio com pacientes com transtorno do pânico. Pode-se sugerir que o estresse é responsável por algumas disfunções imunológicas e novos estudos devem ser delineados para testar essa hipótese.
corticosteróides; interleucina-2; migração linfocitária; moléculas de adesão; transtorno do pânico