No tratamento de aneurismas paraclinoideos complexos e cavernosos gigantes, a preservação da patência vascular nem sempre é possível, e a oclusão terapêutica da carótida ainda é uma opção importante no seu manejo. Uma avaliação pré-operatória completa da reserva circulatória carotídea, incluindo o uso do teste de oclusão temporária por balão associado à tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) podem ser de grande utilidade para definir a opção terapêutica a ser adotada. Nós apresentamos uma série de quinze pacientes com dezesseis aneurismas complexos ou gigantes do segmento oftálmico e cavernoso da artéria carótida, que foram tratados de acordo com determinado protocolo de investigação pré-operatória. Anastomose com enxerto de veia safena entre a carótida extra e intracraniana foi reservada para os casos em que a oclusão carotídea estaria associada a um alto risco de complicações isquêmicas e foi realizado em três pacientes. Apesar das dificuldades em lidar com aneurismas complexos como os aqui relatados, é possível obter um bom resultado clínico nestes pacientes com o paradigma desenhado.
aneurisma intracraniano; aneurisma cavernoso; SPECT; oclusão com balão