Num período de 10 anos, 53 pacientes com espasmo hemifacial foram submetidos a 54 procedimentos de descompressão microvascular da raiz do facial, na fossa posterior. A técnica empregada foi a mesma desenvolvida por Jannetta e o resultado cirúrgico inicial foi considerado excelente em 91% dos casos. O follow-up variou de 60 dias a 7 anos, cora 40 pacientes acompanhados por mais de 2 anos e 16, por mais de 5 anos. Apenas um paciente apresentou reciciva dos espasmos. Não houve óbito e as complicações não foram importantes, sendo, em sua maioria, transitórias e relacionadas à VII e VIII raízes. Em 4 pacientes não encontramos compressão da raiz. Concluimos que, quaisquer sejam as causas do espasmo hemifacial ou mecanismos de ação da cirurgia, os resultados da descompressão microvascular são excelentes, a curto e longo prazo, e superiores aos obtidos pelas demais formas de tratamento clínico ou cirúrgico.