PROPÓSITO: Avaliar a aplicação clínica da ressonância magnética (RM) em pacientes vítimas de traumatismo craniencefálico (TCE) agudo, na identificação do tipo, número, gravidade e correlação clínica-radiológica. MÉTODO: Foram estudados prospectivamente 55 pacientes vítimas de TCE agudo fechado (0-5 dias), por TC e RM, sendo 34 do sexo masculino e 21 do feminino. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante (teste McNemar): fraturas de crânio foram detectadas em 29,1% pacientes na TC e 3,6% pela RM; hematoma subdural 10,9% na TC e 36,4% pela RM; lesão axonal difusa (LAD) 1,8% pela TC e 50,9% na RM; contusões corticais 9,1% na TC e 41,8% pela RM, hemorragia subaracnóidea 18,2% na TC e 41,8% pela RM. CONCLUSÃO: A RM foi superior à TC na identificação da LAD, hemorragia subaracnóidea, contusões corticais e hematoma subdural agudo, porém inferior no diagnóstico de fraturas. A detecção de LAD pela RM foi associada com maior gravidade do TCE agudo.
ressonância magnética; traumatismo craniencefálico