Neurocisticercose é uma doença parasitária que afeta o sistema nervoso central. O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre morte neuronal por meio da quantificação do fator apoptótico Fas e a presença de neurocisticercose nas suas diferentes fases evolutivas, acompanhadas ou não de crises epilépticas. MÉTODOS: Foram analisadas amostras de líquido cefalorraquidiano em 36 pacientes com diagnóstico de neurocisticercose, determinando-se as concentrações da proteína Fas pelo método ELISA. Foram considerados os seguintes grupos: forma cística ativa n=15 (9 com crises, 6 sem crises), forma calcificada n=21 (9 com crises, 12 sem crises) e 14 pacientes (grupo controle). RESULTADOS: Apenas o grupo com calcificações sem crises apresentou níveis de Fas semelhantes ao controle. Maiores níveis foram observados nos outros grupos. CONCLUSÕES: As formas ativa e calcificada apresentam níveis elevados da proteína Fas, exceto para as formas calcificadas sem crises. No grupo de calcificações com crise, observamos diferenças mais expressivas, sugerindo maior dano neuronal. Sugerimos a substituição da denominação "cisto inativo" por "cisto inativo reagente".
neurocisticercose; proteína ligante Fas; líquido cefalorraquidiano; dano neuronal