O objetivo principal deste artigo é conhecer os médicos do Imperador, o tratamento preconizado e o conhecimento da ocasião sobre o diabetes, principalmente sobre suas repercussões no sistema nervoso do imperador e suas implicações políticas. Isso foi feito por uma revisão narrativa, baseado em fontes primárias e secundárias. Dom Pedro II foi examinado na ocasião pela aristocracia da medicina, a ressaltar Jean-Martin Charcot, dentre os médicos de reputação internacional, e Cláudio Velho da Motta Maia, dentre os brasileiros. Charcot diagnosticou no Monarca, além de tensão mental, neuropatia diabética e quadro vascular cerebral que ele diferenciou de outras obliterações vasculares em localizações diversas. Ele demonstrou o seu conhecimento sobre a neuropatia diabética, possíveis alternativas topográficas para justificar a incontinência urinária e a fraqueza nas pernas. Dom Pedro II, ao longo da sua doença, apresentou uma série de manifestações que contribuíram para a sua fragilidade física e certamente também para o seu declínio político, deposição e proclamação da República no Brasil.
diabetes; neuropatia diabética; acidente vascular cerebral; história; Brasil