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Paraplegia e hipertensão craniana após anestesia epidural: relato de 4 casos

Quatro pacientes que receberam anestesia epidural apresentaram mielopatia de longa evolução; em três ocorreu paraplegia completa e um apresentou uma síndrome medular lombo-sacra com retenção urinária. Todos os pacientes se queixaram de intensas dores radiculares imediatamente após a cessação do efeito analgésico da lidocaína. Dois pacientes apresentaram uma reação meningítica asséptica no líquido cefalorraqueano nas primeiras 24 horas. A paraplegia tornou-se completa em 2 a 10 meses após a anestesia; dois pacientes tiveram hipertensão craniana severa. Em alguns casos, senão em todos, esta afecção apresenta uma evolução em duas etapas, caracterizadas por meningite asséptica imediata, seguida, depois de um período silencioso de poucos meses, de sinais de aracnoidite adesiva espinal e intracraniana. A hipertensão intracraniana foi controlada por derivação ventriculo-peritoneal; em 2 pacientes houve melhora transitória pela administração de metil-prednisolona intratecal. Em dois pacientes houve recuperação quase completa da paraplegia.


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