OBJETIVO: Identificar se existe déficit de supressão do P50 em pacientes com epilepsia, verificar a influência do controle das crises nesse déficit, comparando com pacientes com esquizofrenia e com voluntários saudáveis. MÉTODO: Os parâmetros do potencial evocado P50 e sua supressão foram estudados, com um corte transversal, em pacientes com epilepsia controlada ou não, esquizofrenia e em voluntários saudáveis. RESULTADOS: Indivíduos com esquizofrenia apresentam uma amplitude de S1 significativamente menor que os demais, sendo que os pacientes com epilepsia apresentavam uma resposta S2 de maior amplitude. A média da razão S2/S1 foi de 0,71±0,33 nos pacientes com epilepsia não controlada; 0,68±0,36 naqueles com epilepsia controlada; 0,96±0,47 nos com esquizofrenia e 0,42±0,24 nos controles normais. CONCLUSÃO: O filtro sensitivo de pacientes com epilepsia é alterado, e essa alteração não está associada com o controle das crises. Além disso, ele funciona de forma diferente do filtro sensitivo dos indivíduos com esquizofrenia.
epilepsia; potencial evocado auditivo P50; esquizofrenia; filtro sensitivo