Avaliou-se a aderência à ingesta de drogas antiepilépticas (DAE) em estudo piloto transversal conduzido em ambulatório de hospital neurológico universitário. Noventa e três amostras sanguíneas com concentração de DAE (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) foram analisadas de 24 pacientes. A variabilidade dos níveis sanguíneos das DAE (em estado estável - steady state period, analizada por meio do coeficiente de variação) foi comparada com a auto-referida não aderência à ingesta da DAE, níveis sanguíneos das DAE de acordo com a faixa (terapêutica ou não) e o controle das crises epilépticas. Não foi observada correlação forte entre o maior valor da variabilidade e os outros três parâmetros de aderência, apesar da maior correlação com o nível sanguíneo (terapêutico ou não). A avaliação do nível sérico isolado, exceto em caso de extrema baixa aderência e variabilidade da ingesta das DAE, não é suficiente para o reconhecimento da ingesta inadequada, mas os marcadores clínicos e a auto-aderência referida também têm que ser consideradas para esse tipo de avaliação.
epilepsia; aderência; monitorização de níveis sanguíneos; drogas antiepilépticas