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Desmielinização inflamatória incidental em indivíduos assintomáticos: uma coorte brasileira com síndrome radiológica isolada e uma revisão crítica da literatura atual

Apesar da definição dos critérios diagnósticos específicos para identificar a síndrome radiológica isolada (SRI) sugestiva de esclerose múltipla, sua história natural ainda não foi completamente entendida. Analisamos retrospectivamente uma coorte brasileira de 12 pacientes visando a esclarecer suas características e enfatizar o papel da imagem em predizer conversão clínica. Embora alguns indivíduos não apresentem progressão em longo período de acompanhamento (16,7%), a maioria dos pacientes com SRI progrediu clínica ou radiologicamente nos primeiros anos do seguimento (83,3%). O comprometimento infratentorial e da medula espinhal, bem como o número total de lesões, foram mais relevantes em predizer a progressão que a presença de impregnação pelo gadolínio. Estudos futuros são necessários para definir o risco de conversão em homens e para esclarecer a repercussão cognitiva da SRI. Este estudo pode ampliar o entendimento da história natural e da evolução das lesões incidentais à imagem de ressonância magnética contribuindo para a adequada condução clínica da SRI.

esclerose múltipla; síndrome radiológica isolada; desmielinização incidental; ressonância magnética


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