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Carbamazepina não altera o funcionamento cardíaco intrínseco em ratos com epilepsia

Entre as causas de morte súbita em epilepsia (SUDEPE), os efeitos das drogas antiepilépticas no coração têm sido pobremente explorados. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a frequência cardíaca (in vivo e de forma isolada ex vivo) e a pressão ventricular (de forma isolada ex vivo) de ratos com e sem epilepsia tratados com carbamazepina. Quatro grupos de ratos Wistar machos adultos (peso 200 a 250 g) foram estudados: [A] ratos controle (n=8), não receberam pilocarpina ou carbamazepina; [B] ratos tratados com carbamazepina (n=8), receberam dose diária de carbamazepina de 120 mg/kg intraperitoneal, durante duas semanas (n=8); [C] ratos com epilepsia que receberam solução salina; [D] ratos com epilepsia que receberam dose diária de carbamazepina de 120 mg/kg intraperitoneal durante duas semanas. Nossos resultados evidenciaram uma diferença estatisticamente significativa na média da freqüência cardíaca in vivo entre os animais com epilepsia (com e sem o uso de carbamazepina) quando comparados aos grupos controles in vivo. Em contraste, não observamos diferenças estatísticas nos experimentos ex vivo quando comparados os animais com ou sem epilepsia, a despeito do uso da carbamazepina. Nossos resultados sugerem que, de forma isolada, a carbamazepina pode não ser um fator de risco potencial para a ocorrência de morte súbita em epilepsia.

epilepsia; coração; SUPED; convulsão; drogas antiepilépticas; carbamazepina


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