O estudo objetivou avaliar a prevalência de comprometimento cognitivo/funcional em idosos acima de 60 anos (n= 870; m=297, f=573) residentes na comunidade e avaliar a relação entre idade, gênero e comprometimento funcional com o comprometimento cognitivo. Utilizou-se o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e o Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer (PFAQ). Comparou-se relação de deficits cognitivo e funcional (MEEM e PFAQ). A prevalência de comprometimento cognitivo/funcional foi 19,2%. Há relação entre comprometimento cognitivo e funcional (Pearson=0,737), independente do nível educacional (analfabetos/alfabetizados: OR=15,60; p=0/ OR = 16,40; p=0). Idade e gênero são fatores associados a comprometimento cognitivo/funcional (p<0,05). A prevalência de comprometimento cognitivo/funcional é mais alta que a encontrada em outro estudo brasileiro. Idade, gênero feminino e comprometimento funcional estão diretamente associados a comprometimento cognitivo. O reconhecimento de comprometimento funcional pode ser mais fácil por familiares/profissionais de saúde. Isso reforça a idéia do uso combinado de escalas em rastreamentos de demência.
Status funcional; comprometimento cognitivo; epidemiologia; prevalência; fatores de risco