Tumores na região do teto mesencefálico são raros. Vários tipos de lesões como tumores, lesões vasculares, inflamatórias e infecciosas localizam-se nesta região. Nós revimos o tratamento adotado em sete pacientes com diferentes tipos de lesões tectais: cinco pacientes apresentando gliomas de baixo grau, um paciente com lesão metastática proveniente de câncer de pulmão e um com cavernoma. O tratamento cirúrgico com abordagem direta da lesão foi realizado em três casos (devido ao aumento do volume tumoral ou quando houve necessidade da confirmação diagnóstica). Nos demais casos o tratamento para a hidrocefalia não-comunicante foi o método empregado. O prognóstico dessas lesões é baseado no tipo de patologia em questão. Em nossa série, com exceção do caso de metástase e do paciente com cavernoma, as demais lesões foram gliomas de baixo grau. Estas lesões representam um subgrupo diferenciado de tumores de tronco encefálico, apresentando bom prognóstico e tendo comportamento benigno com sobrevida elevada. Acreditamos que tumores da região tectal devam ser avaliados caso a caso. Na hipótese diagnóstica de uma lesão benigna, o tratamento do principal complexo sindrômico - hidrocefalia não-comunicante - é provavelmente a melhor conduta a ser empregada.
tronco cerebral; tumores da região tectal; ventriculostomia