Os vírus HTLV-I e HTLV-II são endêmicos em algumas regiões do Brasil, onde uma das doenças associadas, a paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV (PET/MAH), tem sido diagnosticada em significativo número de pacientes infectados. Nesses indivíduos, a prevalência de tuberculose é maior que na população geral, sugerindo que possa haver um maior risco para esta comorbidade. Relatamos o caso de um homem de 44 anos coinfectado HTLV-I + HTLV-II que desenvolveu meningoencefalomielite por Mycobacterium tuberculosis. O paciente apresentou recuperação clínica parcial, correção da disfunção de barreira hemato-liquórica e negativação no PCR, mediante o tratamento com corticoesteróides e tuberculostáticos.
neurotuberculose; mielopatia; liquido cefalorraqueano; HTLV-I; HTLV-II