Objetivo
: Caracterizar o perfil social e a necessidade de informações por parte de pacientes com epilepsia refratária.
Método
Um questionário semi-estruturado foi aplicado a 103 pacientes para investigar aspectos sociodemográficos, farmacoterapia e quaisquer dúvidas sobre epilepsia.
Resultados
Os pacientes mostraram-se altamente dependentes de um fornecimento gratuito e acessível de drogas antiepilépticas. Sessenta e oito por cento da população estava desempregada, e 26% confirmaram receber algum benefício social devido à epilepsia. Vinte e nove por cento da população alcançou ensino médio. Oitenta e cinco por cento dos pacientes tinha ao menos uma dúvida sobre epilepsia; tratamento e aspectos gerais da epilepsia foram os principais temas.
Conclusão
Tal qual observado em países desenvolvidos, pacientes com epilepsia refratária em países em desenvolvimento também apresentam altas taxas de desemprego e baixos níveis educacionais. Os resultados são preocupantes no que diz respeito à necessidade de informações sobre epilepsia por parte dos pacientes e seus familiares, apontando a necessidade de se investir em estratégias que solucionem esta deficiência de conhecimento.
epilepsia; avaliação social; informação; serviço ambulatorial