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Tratamento de hematoma epidural supratentorial em crianças: avaliação em 49 pacientes

Trauma craniocerebral é uma causa frequente de mortalidade e comprometimento neurológico adquirido em crianças. No entanto, hematomas epidurais (HED) são raros em pacientes pediátricos, com poucas series estudando a evolução destes pacientes. Neste estudo, os autores apresentam os resultados de uma casuística de pacientes com HED acompanhados em longo prazo. MÉTODO: Entre janeiro de 2006 e dezembro de 2008, 49 pacientes com HED foram tratados em nossa unidade. Curso clínico, achados radiológicos, e resultados foram avaliados. O estado neurológico foi avaliado com o Glasgow Coma Scale (GCS). A idade variou de 1 dia a 16 anos. A média de acompanhamento foi de 6 meses. RESULTADOS: Na admissão, a maioria dos pacientes apresentava trauma leve e 57% estavam com GCS de 13-15. O sintoma mais comum foi irritabilidade. Os mecanismos de trauma mais frequentes foram queda de altura em 29 casos e acidentes de trânsito em 16 casos. Três destes pacientes apresentavam GCS 3, mas somente um morreu. Verificou-se déficit neurológico tardio em nove pacientes. CONCLUSÃO: Esta lesão pode ocorrer após traumas leves e em crianças alerta com exames neurológicos não focais. No entanto, em crianças com irritabilidade com hematoma subgaleal e história de perda de consciência, tomografia do crânio deve ser realizada.

criança; hematoma epidural; trauma craniocerebral


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