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Achados de ressonância magnética e SPECT cerebral em pacientes com epilepsia unilateral do lobo temporal e com TC de crânio normal

Foram estudados 26 pacientes com epilepsia do lobo temporal clinicamente documentada por vários EEGs com atividade epileptiforme intercrítica e TC de crânio normal. SPECT com99mTC HMPAO e ressonância magnética (RM) foram realizados em todos os casos. 61.5% (n=16) das RM e 65.4% (n=17) dos SPECTs revelaram algum tipo de anormalidade. Atrofia hipocampal, nas imagens enfatizadas em Tl e presença de hipersinal nas imagens enfatizadas em T2, sugerindo esclerose mesial temporal, foram o principal achado (n=12; 75% das RM anormais). RM correlacionou-se ao EEG em 50% (n=13). Concordância entre RM e SPECT ocorreu em 30.7% (n=8) e entre SPECTe EEG em 57.7% (n=15). RM, SPECT e EEG foram congruentes em 26.9% (n=7). Estes resultados refletem o valor do SPECT intercrítico e RM na detecção e lateralização de anormalidades em epilepsia do lobo temporal. Por outro lado, em dois casos, o SPECT correlacionou-se mal com o EEG. Este método funcional não deve ser utilizado isoladamente na detecção de focos temporais. RM é mais útil do que a TC como recurso de neuroimagem na epilepsia do lobo temporal. Ela pode detectar pequenas lesões estruturais e esclerose mesial temporal, não facilmente identificáveis pela TC.

epilepsia; lobo temporal; TC; RM; EEG; SPECT


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