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Tratamento da epilepsia: uma mudança de paradigma é urgentemente necessária

A epilepsia afeta entre 5 e 10 em cada 1.000 pessoas, e está associada a comorbidades e mortalidade prematura. O complexo padrão de herança, possivelmente poligênico, para baixo limiar convulsivo, ainda não é bem compreendido. Na maioria das pessoas com epilepsia ainda não entendemos a sua fisiopatologia, como as crises epilépticas são desencadeadas ou como podem ser prevenidas. No centenário da descoberta das propriedades antiepilépticas do fenobarbital, temos mais de 20 drogas disponíveis para tratamento de epilepsia; contudo, nenhum fármaco mudou dramaticamente o prognóstico desta condição, em longo prazo. A cascata de eventos que desencadeia a epilepsia, provavelmente, varia muito de indivíduo para indivíduo. A esperança para o futuro é a mudança do atual paradigma da abordagem sintomática. Uma vez que a epileptogênese seja melhor compreendida, o tratamento poderá ser direcionado aos seus mecanismos específicos e então poderemos dispor de tratamentos capazes de modificar a história natural da doença.

epilepsia; tratamento da epilepsia; fenótipo; prognóstico


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