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Síndrome de Guillain-Barré na população menor de quinze anos no Brasil

Com o objetivo de conhecer a importância da síndrome de Guillain Barré (SGB) na população menor de quinze anos, após a erradicação da poliomielite, foi analizado o banco de dados do programa da vigilância epidemiológica das paralisias agudas e flácidas (PAF) da Fundação Nacional de Saúde, entre 1990 e 1996. De 3619 notificações de PAF encontraram-se 1678 com SGB, com incidência anual de 0,39-0,63 casos/100.000. Não se comprovou variação sazonal nem relação com a vacina. Os casos eram de acometimento: moderado em 52,1%, grave em 47,9%, 60 dias após 57,1% eram normais, 7,4% leves, 15,7% moderados, 10,4% graves, morte em 5,4%, 67 (4,0%) casos perdidos para o acompanhamento. Mortes ocorreram em 2,8% no sudeste, e 7,9% no nordeste. SGB é a causa mais frequente de PAF. Embora a gravidade da doença seja semelhante nas diferentes regiões, a evolução varia conforme o local de origem, possivelmente refletindo diferentes condições econômicas.

síndrome de Guillain Barré; epidemiologia; vacina; evolução


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