O diagnóstico da hemorragia intracerebral primária (HIP), bem como o da hemorragia subaracnóidea (HSA), ficou mais fácil com o advento das modernas técnicas de imagem. A incidência da HIC tem declinado, ao passo que a da HSA tem permanecido relativamente constante. O prognóstico de ambas ainda é desanimador e a taxa de mortalidade substancialmente maior que a observada nas afecções isquêmicas. A indicação precoce da TC ou da RNM do crânio é importante para um diagnóstico rápido e preciso. Pacientes que não estejam moribundos devem receber cuidados médicos gerais em instalações com equipes de enfermagem especializada. O tratamento da HIC é predominantemente de apoio e intervenções médicas e cirúrgicas continuam indefinidas. Quanto a HSA, bloqueadores dos canais de cálcio podem reduzir as complicações cerebrais isquêmicas relacionadas ao vasoespasmo, mas não se estabeleceram tratamentos médicos eficazes para prevenir novos sangramentos. Naqueles pacientes clinicamente estáveis, deve-se considerar a antecipação da cirurgia. Muitos desafios permanecem no tocante à prevenção e ao tratamento desses dois subtipos de hemorragia cerebral.