Acessibilidade / Reportar erro

O espectro em expansão das encefalopatias autoimunes clinicamente distintas e que respondem à imunoterapia

As encefalopatias autoimunes constituem um grupo de condições associadas à presença, no soro, de anticorpos contra proteínas de superfície neuronais. Acredita-se que esses anticorpos sejam mediadores da ocorrência da doença, sendo reconhecidos atualmente como causas frequentes de encefalite. Apresentações clínicas características permitem, muitas vezes, predizer o grupo específico de anticorpos subjacentes. Anticorpos contra o complexo VGKF, especialmente LGI1 (leucine-rich glioma-inactivated1), CASPR2 (contactin-associated protein 2) e contactina-2, e contra o receptor NMDA(N-methyl, D-aspartate) são as associações sorológicas mais frequentemente estabelecidas. Na minoria dos casos, pode ser detectado um tumor subjacente. As maiores chances de melhora estão relacionadas à administração precoce de imunoterapia e à remoção do tumor, quando presente. A duração da imunoterapia pode se prolongada e a melhora se correlaciona, muitas vezes, com os níveis séricos de anticorpos. Neste artigo, estão resumidos os avanços recentes nos achados clínicos e laboratoriais neste campo que está em tão rápida expansão.

autoanticorpos; encefalite; leucine-rich glioma-inactivated1; contactin-associated protein 2; N-methyl; D-aspartate


Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org