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Teste sensitivo quantitativo em dor neuropática trigeminal pós-traumática e dor facial idiopática persistente

O objetivo deste artigo foi investigar, com um protocolo sistemático de testes sensitivos quantitativos, pacientes com dor facial idiopática persistente (DFIP) e outros com dor neuropática trigeminal traumática (DNTT) comparado aos controles. Trinta pacientes com DFIP, 19 com DNTT e 30 controles foram avaliados quanto à dormência e à disestesia subjetiva e por meio de um protocolo sistemático de testes sensitivos quantitativos, que incluiu avaliação térmica (frio e quente), detecção mecânica (táctil e alfinetes), limites de dor superficial e reflexo córneo-palpebral. Foi observado que os pacientes apresentaram mais dormência e disestesia do que os controles (p<0,001 e p=0,003), além de mais anormalidades intra e extraorais no ramo mandibular (p<0,001). As alterações de calor, frio, dor e tato foram semelhantes entre os grupos. O reflexo córneo-palpebral foi anormal somente no grupo com DNTT (p=0,005). Este estudo suporta mecanismos de dor neuropática envolvidos no processamento da DFIP, e o critério de ausência de variações sensoriais nesta deve ser revisto.

dor facial; neuralgia facial; odontalgia; limiar sensorial


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