RESUMO
Introdução:
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência em todo o mundo. Apesar das evidências alarmantes sobre a prevalência de demência, a condição ainda é subdiagnosticada por clínicos gerais na atenção primária. A detecção precoce da doença é benéfica para pacientes e familiares, que devem receber orientações abrangentes sobre como lidar com as complicações relacionadas às demências, abrangendo aspectos médicos, familiares e sociais, proporcionando assim uma oportunidade de planejar o futuro.
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi avaliar os conhecimentos e as atitudes em relação à demência por parte de clínicos gerais de uma cidade do interior de São Paulo, Brasil.
Métodos:
Foi realizado um estudo de intervenção não randomizado, envolvendo seis palestras sobre demência. Antes e depois da intervenção, os médicos participantes completaram dois questionários sobre conhecimentos e atitudes em relação à demência. O estudo foi realizado nos serviços de atenção primária da cidade e um total de 34 clínicos gerais participaram do estudo.
Resultados:
A idade média da amostra foi de 33,9 (±10,2) anos e a maioria (76,5%) da amostra não havia realizado treinamento em residência médica. O número médio de respostas corretas no Questionário do Conhecimento sobre demência antes e após a intervenção de treinamento foi de 59,6 e 71,2% (p<0,001), respectivamente. A comparação das respostas médias no questionário de atitudes não revelou diferença estatisticamente significativa entre as duas aplicações do instrumento, antes e após a intervenção (p=0,059).
Conclusões:
Deve ser fornecido mais treinamento sobre demência para os clínicos gerais.
Palavras-chave:
Idoso; Clínicos Gerais; Conhecimento; Atitude; Demência