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Identificação imuno-histoquímica de depósitos de proteínas plasmáticas na parede das artérias lentículo-estriadas em pacientes com hipertensão arterial de longa duração, com e sem lipo-hialinose

PROPÓSITO: Investigar, por meio de método imuno-histoquímico, a deposição de proteínas plasmáticas na parede das artérias lentículo-estriadas, corticais e leptomeníngeas em pacientes com hipertensão arterial, com e sem lipo-hialinose. MÉTODO: Quarenta pacientes com hipertensão arterial foram selecionados aleatoriamente, sendo 20 com lipo-hialinose nas artérias lentículo-estriadas (grupo HH) e 20 sem lipo-hialinose (grupo H), pareados com 20 controles normotensos (grupo C). RESULTADOS: Depósitos de proteínas plasmáticas foram identificados em oito pacientes (40%) do grupo C, em 15 pacientes (75%) do grupo H e em todos os 20 pacientes (100%) do grupo HH, a diferença sendo significativa para o grupo H e altamente significativa para o grupo HH, quando comparada com o grupo C. Em todos os grupos, a distribuição dos depósitos de proteínas plasmáticas, subendotelial em artérias normais e difusa, irregular, na parede das artérias com lipo-hialinose, foi mais freqüente nas artérias lentículo-estriadas do putâmen. CONCLUSÃO: A deposição de proteínas plasmáticas nas artérias lentículo-estriadas parece ser um fenômeno relativamente freqüente em indivíduos normotensos, a partir da meia-idade. Tal processo parece ser intensificado pela hipertensão arterial, particularmente naqueles pacientes com lipo-hialinose.

hipertensão arterial; angiopatia hipertensiva; artérias lentículo-estriadas; lipo-hialinose; depósitos de proteínas plasmáticas


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