A displasia septo-óptica (DSO) é síndrome composta por disgenesia do nervo óptico e do septo pelúcido, que pode ser dividida em dois subgrupos de acordo com sua embriogênese e achados neuropatológicos. A diferença básica entre estes dois grupos é a presença ou não de esquizencefalia. O termo DSO-plus foi proposto recentemente para descrever DSO associada a displasia cortical. Apresentamos uma paciente de 6 meses de idade com ausência de fixação visual desde os 4 meses e atraso do desenvolvimento psicomotor. O exame neurológico demonstrou hemiparesia espástica esquerda e a avaliação oftalmológica revelou hipoplasia do disco óptico bilateralmente. A tomografia computadorizada (TC) de crânio demonstrou ausência de septo pelúcido, assimetria ventricular e esquizencefalia. A ressonância magnética (RM) revelou ausência completa de septo pelúcido associada a atrofia dos nervos e quiasma ópticos, esquizencefalia e displasia cortical. A paciente foi submetida a exame de potencial evocado com estimulação por flashes que revelou ausência bilateral de potencial evocado cortical. Terapia paliativa foi iniciada com estimulação visual e fisioterapia. Os autores enfatizam os achados de neuro-imagem desta síndrome e a importância da investigação clínica e por métodos de imagem (TC e RM) em pacientes com disgenesia do septo pelúcido.
ressonância magnética; tomografia computadorizada; displasia septo-óptica; septo pelúcido