RESUMO
O sulfato de atropina bloqueia os receptores muscarínicos nas glândulas salivares reduzindo a produção de saliva. Não há estudos publicados relativos ao seu uso para tratamento da sialorreia em crianças com paralisia cerebral.
Objetivo
Relatar o efeito do sulfato de atropina sublingual no tratamento da sialorreia em crianças com paralisia cerebral a partir da comparação dos resultados da Drooling Impact Scale em ensaio clínico aberto não controlado.
Resultados
Vinte e cinco crianças foram avaliadas. A diferença das pontuações médias nas escalas pré-tratamento e pós-tratamento atingiu significância estatística. Houve baixa frequência de efeitos colaterais em relação a outros anticolinérgicos.
Conclusão
O uso de sulfato de atropina sublingual parece ser seguro e está relacionado a uma redução na pontuação da Drooling Impact Scale, o que sugere eficácia no tratamento da sialorreia em crianças com paralisia cerebral. Nossos resultados devem ser replicados em estudos randomizados, placebo controlados, com maior número de participantes.
paralisia cerebral; sialorreia; criança; quimioterapia; atropina