RESUMO
Objetivo
Analisar o papel da reoperação em pacientes com glioblastoma recidivado em um serviço público no Brasil.
Métodos
Foram analisados retrospectivamente 39 pacientes submetidos à reoperação por recorrência de glioblastoma no Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo, no período de janeiro de 2000 até dezembro de 2013.
Resultados
A sobrevida global mediana foi de 20 meses (IC 95% = 14.9–25.2), e a sobrevida mediana após a reoperação foi de 9.1 meses (IC 95% = 2.8–15.4). A realização de tratamento adjuvante após a primeira cirurgia foi o único fator associado com a sobrevida global numa análise multivariada (RR = 0.3; IC 95% = 0.2–0.7; p = 0.005).
Conclusão
A sobrevida dos pacientes submetidos à reoperação em um serviço público no Brasil é semelhante à reportada pela literatura. A reoperação deve ser considerada como uma opção terapêutica em pacientes selecionados.
glioblastoma; reoperação; cirurgia geral; sobrevivência