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Distonia idiopática: perfil clínico de 76 pacientes brasileiros

A distonia pode ser classificada de acordo com a idade de início (infância, adolescência e idade adulta), distribuição corporal dos movimentos anormais (focal, segmentar, unilateral, multifocal e generalizada) e etiologia (idiopática e sintomática). Dentre 122 pacientes com o diagnóstico de síndrome distônica, estudamos 76 com quadros idiopáticos (62,3% do total). Havia 48 pacientes do sexo feminino e 28 do sexo masculino. O quadro mais frequentemente observado foi a da distonia focal iniciada na idade adulta. (37 pacientes). Havia 6 pacientes com distonia generalizada e o início desse quadro foi mais frequento abaixo dos 20 anos de idade. Quadros focais e segmentares predominaram e foram mais comumentemente iniciados na idade adulta. Tremor postural das mãos foi observado em 15 pacientes (19,7%). De todas as formas de distonia, o torcicolo espasmódico foi a que prevaleceu. Com a exceção da cãimbra do escrivão (com mais homens que mulheres acometidas) e da distonia generalizada (a mesma proporção entre os sexos), o sexo feminino predominou sobre o masculino. Nossos dados são semelhantes aos de outras séries que estudaram o quadro clínico da distonia idiopática. Assim, diferenças raciais, ambientais e sócio-econômicas não parecem ser determinantes: no padrão de manifestação da distonia idiopática.

distonia; dystonia musculorum deformans; distonia idiopática


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