RESUMO
O estudo verificou a capacidade funcional dos neurônios-espelho em crianças autistas. 30 indivíduos, sendo 10 portadores da síndrome autista (GCA), 10 com deficiência intelectual (GDI), e 10 não-autistas (GCN) tiveram registrado o eletroencefalograma da área do cérebro relacionada teoricamente com os neurônios espelho. O procedimento de coleta de dados ocorreu antes e após uma sessão de estimulação cerebral. Durante a segunda coleta de dados, os participantes tiveram de processar alternadamente figuras evocando sentimentos neutros, felizes e tristes. Os resultados provaram que, para todos os grupos, o processo de estimulação de fato produziu ativação adicional na área neural em estudo. O nível de ativação foi relacionada com o formato dos estímulos emocionais. Uma vez que o aumento da ativação ocorreu em um modelo semelhante ao observado para o grupo controle, pode-se sugerir que as pessoas com autismo têm dificuldade em expressar emoções não devido à inexistência de neurônios-espelho.
transtorno autístico; neurônios-espelho; emoções