Neste estudo controlado, prospectivo e parcialmente cego foram avaliados dois grupos de 10 portadores de epilepsia do lobo temporal, respectivamente de bom e mau prognóstico. Foram definidas medidas de epileptogênese baseadas nas freqüências de crises e na quantificação de atividade epileptogênica nas derivações eletrencefalográficas de lobo temporal. Os grupos de estudo foram semelhantes a no mínimo um dos grupos de controle em idade, sexo, nível educacional e social, regime terapêutico, idade de início e tempo de evolução da epilepsia. Houve uma diferença global do grupo de epilepsia do lobo temporal com mau prognóstico das outras populações, atingindo significação estatística em epileptogênese clínica, e uma tendência dos dados sugerindo maior epileptogênese eletrencefalográfica na mesma população. Os resultados indicam a utilidade experimental de algumas das medidas introduzidas, mas também seus problemas. Revisão da literatura pertinente é realizada.
epilepsia do lobo temporal; epileptogênese; EEG