RESUMO
Objetivo:
Investigação da possível relação entre os tipos dos antígenos leucocitários humanos (HLA) classes I e II e a reposta a diversas terapêuticas modificadores da doença na incapacidade (DMT) da esclerose múltipla (MS).
Métodos:
Foram estudados os dados clínicos de 87 pacientes com MS no início e no final de cada de cada DMT, incluindo o tempo de doença, EDSS e MSSS. Através de técnicas de genotipagem de alta resolução, foram identificados os alelos dos HLA-DRB1, HLA-DPB1, HLA-DQB1, HLA-A, HLA-B e HLA-C. Foram realizados estudos estatísticos entre os tipos de HLA e a resposta às DMT, utilizando os valores iniciais e finais do MSSS.
Resultados:
Foram encontradas relações estatísticas (p < 0.05) para somente 15 alelos de 245 analisados. Houve redução dos valores do MSSS em pacientes tratados com corticosteroides (DRB1*15:01, DPB1*04:01, DQB1*02:01 e 03:01), azatioprina (DRB1*03:01, DPB1*04:01, DQB1*06:02, DQB1*03:02, HLA-C*07:02), interferon β-1a 22 mcg (DRB1*11:04, DQB1*03:01 e 03:02), interferon β-1a 30 mcg (DPB1*02:01, HLA-C*05:01) e interferon β-1b (DQB1*02:01).
Conclusão:
Os dados sugerem poucas relações entre os alguns tipos de HLA classe I e II com a resposta às DMT na incapacidade em grupos específicos de pacientes com MS.
Palavras-chave:
Esclerose múltipla; biomarcadores; farmacogenética; terapêutica