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Um ensaio sobre a histeria de Charcot e Richer: de desenhos em carvão aos telefones celulares

Resumo

Histeria, previamente também conhecida como a doença do útero, passou de uma doença feminina, pelo estigma de possessão demoníaca ao longo dos tempos medievais, até o conceito moderno de um distúrbio neurológico funcional. Curiosamente para o presente ensaio, Charcot (1825–1893) e Richer (1849–1933) descreveram, em sua obra Les Démoniaques dans l'art, de 1887, por meio da iconografia, aspectos semiológicos do chamado Grande Attaque Hystérique, que se assemelha às características de crises não epilépticas psicogênicas que emulam crises epilépticas do tipo grande mal. O objetivo deste ensaio é descrever como essas representações iconográficas evoluíram ao longo da história e são retratadas nos dias de hoje em vídeos gravados em unidades de monitoramento de epilepsia e nos celulares de pacientes.

Palavras-chave
Histeria; Transtorno Conversivo; Transtornos Dissociativos; Epilepsia; Epilepsia Tônico-Clônica

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