Resumo
No princípio da Neurologia moderna, entre os séculos XIX e XX, neurologistas frequentemente assumiam simultaneamente posições de destaque intelectual e ganhavam credenciais intelectuais significativas. Não meros observadores e admiradores de música, literatura e artes visuais, muitos neurologistas e neurocientistas do mundo todo desenvolveram carreiras culturais paralelas. Ao estudar a vida e a carreira dos fundadores da Neurologia Brasileira, encontra-se apenas informação esparsa sobre suas atividades culturais, frequentemente relegadas a notas de rodapé. Logo, o autor objetiva focar na produção literária de alguns dos mais importantes neurologistas brasileiros, que se destacaram em poesia ou formas escritas em prosa e foram eventualmente imortalizados pela Academia Brasileira de Letras: Antônio Austregésilo, Aloysio de Castro, Deolindo Couto e Miguel Couto, contextualizando suas produções literárias em suas vidas respectivas.
Palavras-chave:
Deolindo Couto; Aloysio de Castro; Antônio Austregésilo; História da Neurologia; Neurologia e Literatura