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Existe relação entre o número de microêmbolos e a evolução neurológica nas cirurgias de revascularização miocárdica?

A cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea (CEC) pode estar relacionada com uma potencial redução no número dos microêmbolos (ME) associados com a manipulação da aorta ou gerados pelo equipamento, com consequente redução do risco de complicações neurológicas nestes pacientes. Nosso objetivo foi comparar a frequência de ME e de complicações neurológicas em pacientes operados sem e com CEC. Vinte pacientes selecionados para revascularização miocárdica eletiva sem CEC foram randomizados para cirurgia com e sem CEC. A monitorização contínua com Doppler transcraniano foi realizada durante todo o procedimento nos dois grupos e os pacientes foram examinados antes e após a cirurgia. Os grupos não apresentaram diferenças significativas em relação aos aspectos demográficos, fatores de risco, grau de ateromatose de aorta e número de pontes realizadas. A frequência de ME no grupo operado sem CEC foi significativamente menor do que no grupo operado com CEC, entretanto, nenhum paciente apresentou alterações no exame neurológico no período pós-operatório inicial. Esta observação pode sugerir que as complicações neurológicas possam estar mais relacionadas com o tamanho e a composição, do que com o número de ME. Somente um estudo prospectivo com maior número de pacientes poderá esclarecer este assunto.

revascularização miocárdica; ponte de artéria coronária; complicações pós-operatórias; Doppler transcraniano; circulação extracorpórea


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