anp
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Arq. Neuro-Psiquiatr.
0004-282X
1678-4227
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
São Paulo, SP, Brazil
We present a study of anatomical and fuctional abnormalities of central nervous system (CNS) from patients with autistic disorder (AD); magnetic resonance imaging (MRI) and single photon emission computed tomography (SPECT) were used for the investigation. The population studied was composed of 24 patients, 15 (62.5%) males and 9 (17.5%) females, mean age 9 years. MRI was performed in all patients and SPECT was performed in 19 patients; 75% (n=18) of patients had anatomical abnormalities and all patients that realized SPECT had functional abnormalities. Anatomical abnormalities were preferentially noted in corpus callosum (25%), septum pellucidum (15.63%), cerebral ventricules (12.55%), cerebellum (9.38%), temporal lobes (6.25%), occipital lobes (6.25%) and hippocampus (6.25%). Functional abnormalities predominated in frontal lobes (53.13%), temporal lobes (28.13%), parietal lobes (15.63%) and basal ganglia (3.13%). However, anatomical and functional abnormalities of CNS are not priorities for diagnosis, which should have always clinical validation.
Alterações anátomo-funcionais do sistema nervoso central no transtorno autístico: um estudo com RNM e SPECT
Anatomical and functional abnormalities of central nervous system in autistic disorder: a MRI and SPECT study
Marbene Guedes MachadoI; Hélio Araújo OliveiraII; Rosana CipolottiII; Clara Augusta Garcia Moreno SantosIII; Emanoella Faro de OliveiraIII; Robert Moraes DonaldIV; Miriam Peres de Oliveira KraussV
Estudo realizado no Serviço de Neurologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) Aracaju SE, Brasil
INeuropediatra do Hospital Universitário
IIDocente do Departamento de Medicina
IIIDiscente do Curso de Medicina
IVImaginologista do Serviço de Medicina Nuclear (CLIMEDI)
VImaginologista do Serviço de Ressonância Nuclear Magnética ( DIAGNOSIS)
RESUMO
Apresentamos um estudo das alterações anátomo-funcionais do sistema nervoso central (SNC) de pacientes com transtorno autístico (TA), através da ressonância nuclear magnética (RNM) e da tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT). Foram estudados 24 pacientes, sendo 15 (62,5%) do sexo masculino e 9 (17,5%) do feminino, com idade média de 9 anos. Todos os pacientes foram submetidos à RNM e apenas em 19 foi realizado o SPECT. Dos pacientes que realizaram RNM, 75% apresentaram alterações anatômicas e dos que realizaram o SPECT todos apresentaram alterações funcionais. As alterações anatômicas estavam preferencialmente localizadas no corpo caloso (25%), septo pelúcido (15,63%), ventrículos cerebrais (12,55%), cerebelo (9,38%), lobo temporal (6,25%), lobo occipital (6,25%) e hipocampo (6,25%). As alterações funcionais predominaram no lobo frontal (53,13%), lobo temporal (28,13%) , lobo parietal (15,63%) e nos núcleos da base (3,13%). A presença de alterações anátomo-funcionais do SNC não são prioritárias para o diagnóstico, o qual deve ter sempre uma validação clínica.
Palavras-chave: autismo, RNM, SPECT.
ABSTRACT
We present a study of anatomical and fuctional abnormalities of central nervous system (CNS) from patients with autistic disorder (AD); magnetic resonance imaging (MRI) and single photon emission computed tomography (SPECT) were used for the investigation. The population studied was composed of 24 patients, 15 (62.5%) males and 9 (17.5%) females, mean age 9 years. MRI was performed in all patients and SPECT was performed in 19 patients; 75% (n=18) of patients had anatomical abnormalities and all patients that realized SPECT had functional abnormalities. Anatomical abnormalities were preferentially noted in corpus callosum (25%), septum pellucidum (15.63%), cerebral ventricules (12.55%), cerebellum (9.38%), temporal lobes (6.25%), occipital lobes (6.25%) and hippocampus (6.25%). Functional abnormalities predominated in frontal lobes (53.13%), temporal lobes (28.13%), parietal lobes (15.63%) and basal ganglia (3.13%). However, anatomical and functional abnormalities of CNS are not priorities for diagnosis, which should have always clinical validation.
Key words: autism, MRI, SPECT.
O transtorno autístico (TA), nomenclatura consonante com a tendência atual, é a patologia mais conhecida dentre as desordens neuropsiquiátricas, as quais afetam aproximadamente 1:500 crianças1. Atualmente esse transtorno é cinco vezes mais comum que a síndrome de Down e três vezes mais frequente que a diabetes juvenil2. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) através da 10ª revisão (CID 10), essa enfermidade, classificada no subgrupo denominado ''transtornos invasivos do desenvolvimento'', é caracterizada pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restritivo repetitivo. Convém ressaltar que, embora em algumas crianças autistas esses sinais e sintomas sejam severos ou moderados e instáveis, há também aquelas que manifestam apenas alguns deles3.
Devido a essa diversidade no quadro clínico, associada ao fato de que nenhum dos aspectos supracitados por si só é exclusivo desse transtorno, o diagnóstico é frequentemente confundido ou ignorado. Apesar de todo o avanço científico, o diagnóstico continua sendo exclusivamente clínico, visto que ainda não existem exames complementares que possam, validá-lo. Entretanto, em alguns estudos, o uso da ressonância nuclear magnética (RNM) e da tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) permitiu que alterações anátomo-funcionais fossem detectadas e a partir desses achados, tentou-se correlacioná-los com o quadro clínico dos portadores de TA, apesar da existência de autores que negam o fato de haver uma correlação entre o quadro clínico e os resultados da investigação por imagem.
Diante dessas inúmeras discrepâncias quanto à existência e a localização de alterações anatômicas e funcionais do sistema nervoso central (SNC) de portadores do TA e da ausência de um estudo similar na literatura nacional, propusemos a realização deste trabalho.
MÉTODO
Foram examinadas 24 crianças de 0 a 19 anos de idade, com diagnóstico clínico de TA firmado pelo mesmo neuropediatra, segundo critérios preconizados pelo CID 10, após a exclusão daquelas com outras patologias crônicas.Todos os responsáveis legais pelos pacientes selecionados assinaram um Termo de Consentimento Informado. O protocolo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da UFS.
Os pacientes selecionados eram provenientes do Ambulatório de Neuropediatria do Hospital Universitário da UFS, do Centro de Referência de Educação Especial de Sergipe (CREESE), da Clínica de Reabilitação Infantil de Aracaju (CREIA) e da Associação de Amigos dos Autistas de Sergipe (AMAS). Dos 24 pacientes selecionados, todos se submeteram a RNM e 19 ao SPECT, cuja interpretação foi realizada sempre pelo mesmo imaginologista, respectivamente.
Os exames de RNM foram realizados em aparelho da marca General Eletric, modelo Sigma Horizon LX - 1,0 tesla - GE. Foram obtidas imagens nos planos axial e coronal nas sequências SE ponderada em T1 (TR: 516, TE: 16, FOV: 22X22); FSE ponderada em T2 (TR: 4000, TE: 90, FOV: 22X22); sequência ''FLAIR'' (TR: 8002, TE: 93, FOV: 22X22); STIR (TR: 5300, TE:32, FOV: 22X22). A espessura dos cortes foi 5mm, com 2mm de espaçamento, exceto na sequência ''STIR'', na qual utilizamos 3mm de espessura e 1 mm de espaçamento. Em todos os pacientes foi utilizado anestesia inalatória com halotano e o contraste paramagnético apenas quando havia suspeita da existência de malformação artériovenosa (MAV). Os exames de SPECT foram realizados em um aparelho Gamacâmara GE Apex SPx - 6; Colimador Fan-Beam e Filtro Metz 12. O radiofármaco utilizado foi o tecnécio 99m marcando ECD (Etilenodicisteína dietil éster), na dose de 20-30mCi.
RESULTADOS
Os pacientes estudados (n=24), tinham média de idade de 9 anos (0-19 anos), dos quais 15 (62,5%) eram do sexo masculino e 9 (37,5%) do feminino. Todos os pacientes estudados foram submetidos a RNM, dentre as quais 18 (75%) apresentaram anormalidades anatômicas. Verificou-se que 25% das anormalidades anatômicas foram detectadas no corpo caloso, correspondendo a: afilamento da porção posterior do corpo caloso (n = 2);hipogenesia global do corpo caloso (n = 2); hipogenesia do esplênio do corpo caloso (n = 1); agenesia do corpo caloso (n = 1) (Fig 1 - A). No septo pelúcido verificou-se 15,62% das anormalidades anatômicas correspondendo a: persistência do cavum do septo pelucido e sua continuidade com o cavum Vergae (n = 5). Nos ventrículos intracranianos foi encontrado 12,55% das anormalidades anatômicas, correspondendo a:extensão superior do terceiro ventrículo (n = 1);prolongamento temporal do ventrículo lateral direito (n = 1);dilatação bilateral dos ventrículos laterais (n = 1 ) ; alargamento do quarto ventrículo (n = 1). No cerebelo foi encontrado 9,38% das anormalidades anatômicas, correspondendo a: hipoplasia do vermis cerebelar (n = 2) (Fig 1 B); redução do voluma cerebelar (n = 1). No lobo temporal foi encontrado 6,25% das anormalidades anatômicas correspondendo a presença de cisto aracnóide na fossa temporal (n = 2). No lobo occipital foi constatado 6,25% das anormalidades anatômicas, correspondendo a:displasia cortical bilateral (n = 1); polimicrogiria bilateral (n = 1). No hipocampo foi encontrado 6,25% das anormalidades anatômicas correspondendo a: inversão incompleta hipocampal temporo-mesial (n = 1); redução do volume do hipocampo bilateral (n = 1).
Quanto ao SPECT, só 19 (79,16%) dos pacientes estudados realizaram este exame e em todos encontramos alterações funcionais. Verificou-se que 53,13% das anormalidades funcionais estavam localizadas no lobo frontal correspondendo a: hipoconcentração do radio fármaco no córtex frontal esquerdo (n = 7) (Fig 2-A); hipoconcentração do radio fármaco no córtex frontal bilateral (n = 4 ); hipoconcentração do radio fármaco no córtex param mediano esquerdo (n = 2); hipoconcentração do radio fármaco na região órbito frontal bilateral (n = 1); hipoconcentração do radio fármaco no córtex frontal paramediano direito (n = 1). No lobo temporal verificou-se 28,13% das anormalidades funcionais correspondendo a: hipoconcentração do radio fármaco no lobo temporal esquerdo (n = 6); hipoconcentração do radio fármaco no lobo temporal bilateral (n = 2). No lobo parietal foi encontrado 15,63% das anormalidades funcionais correspondendo a: hipoconcentração do radio fármaco no córtex parietal esquerdo (n = 1); hipoconcentração do radio fármaco no córtex bilateral (n = 1).Nos núcleos da base verificou-se 3,13 das anormalidades funcionais correspondendo a hipoconcentração do radio fármaco nos núcleos da base (n = 1) associado a hipoconcentração no córtex frontal e temporal 9 (Fig 2-B).
DISCUSSÃO
Em muito estudos, as anormalidades anatômicas cerebelares são as mais relatadas4-15. Dentre estas, as mais frequentes são a hipoplasia e / ou hiperplasia do vérmis cerebelar7,8,10,12,14,16, apesar de alguns autores questionarem a presença destas alterações8,10,17. Com relação às alterações cerebrais, há relatos da existência de várias anormalidades, tais como o aumento da espessura do córtex do lobo frontal4, dos lobos temporais, parietais e occipital18 e a hipoplasia dos hemisférios cerebrais19. Novamente, encontramos achados divergentes quanto à presença dessas alterações10,18. Na literatura pertinente, encontramos ainda a descrição de alterações do corpo caloso; do IV ventrículo13,15,20,21; das olivas bulbares; do hipocampo e do giro cíngulo. Como se trata de um assunto bastante controvertido, encontramos autores que refutam a idéia da existência de quaisquer alterações anatômicas do SNC em pacientes com TA21. Em nosso estudo, encontramos a presença de alterações anatômicas em 75% dos casos estudados.
Diante dos resultados obtidos, verificamos a existência de inúmeras alterações detectadas em nosso estudo já relatadas e destas, a maioria são consonantes, algumas divergentes, outras concordantes e divergentes com a literatura atual. A discreta redução dos volumes de ambos hipocampos2; o afilamento da porção posterior do corpo do corpo caloso18,14,20; a hipogenesia global do corpo caloso18,20; a hipogenesia do esplênio do corpo caloso12,14,15,18,20; a discreta dilatação dos ventrículos laterais14; a polimicrogiria occipital bilateral foram encontradas em nossos resultados, tornando-se concordantes com a literatura . As alterações cerebelares como a redução de volume e o alargamento do IV ventrículo, encontradas em nosso estudo têm sido ponto de divergência entre os autores21,22. As alterações do volume cerebral, para mais ou para menos, têm sido relatadas6,10,16,23. No nosso estudo, constatamos a presença de redução de volume cerebral às custas da atrofia do lobo frontal e da região fronto-temporal.
Existem anormalidades detectadas em nosso estudo e que não estão relatadas na literatura: inversão incompleta hipocampal têmporo-mesial; angulação anterior do esplênio do corpo caloso; agenesia do corpo caloso; eversão do giro cíngulo; discreto predomínio do prolongamento temporal do ventrículo lateral direito; presença de cistos aracnóides na fossa temporal; persistência do cavum do septo pelúcido e sua continuidade com o cavum Vergae; extensão superior do terceiro ventrículo; displasia cortical occipital bilateral e hidrocefalia supra-tentorial moderada.
Ao contrário da grande variedade de alterações detectadas através da RNM, os estudos realizados em paciente com TA pelo SPECT, têm demonstrado menor diversidade de anormalidades funcionais do SNC. A diminuição da perfusão sanguínea no hemisfério cerebelar, no tálamo e nos gânglios da base já foi demonstrada21. Há registros de que, em pacientes portadores de TA, com RNM normal, essa diminuição na perfusão, é mais encontrada nos hemisférios cerebelares e no tálamo e menos comuns nos gânglios da base, nas regiões posteriores do lobo parietal e nas regiões temporais21,22.
Alguns pesquisadores também têm relatado a presença de fluxo sanguíneo cerebral (FSC) significantemente diminuído em ambas áreas látero-temporal e dorso-médio-lateral-frontal do hemisfério direito, tendo o hemisfério cerebral esquerdo aumento do FSC quando comparado24. Esta diminuição do fluxo tende estar mais presente nos pacientes entre 3 e 4 anos de idade, com tendência à normalização quando os mesmos atingem 6 a 7 anos de idade25.
De acordo com os resultados obtidos, a maioria das alterações funcionais detectadas em nosso estudo já foram relatadas na literatura. A hipoconcentração do radiofármaco no córtex frontal direito paramediano24; no lobo parietal esquerdo24,26; bilateralmente, nos lobos parietais, principalmente no lado esquerdo24,26; em lobo temporal esquerdo24,26; bilateralmente nos lobos temporais24,26; e nos núcleos da base22 foram achados do nosso estudo e também estão relatados em outros trabalhos. Das alterações de perfusão que ainda não foram descritas encontramos: hipoconcentração de radiofármaco nas seguintes regiões: órbito-frontal bilateral; dorso-frontal paramediano esquerdo; dorso-frontal bilateralmente; córtex frontal anterior e na região medial do córtex temporal direito.
Os dados obtidos permitem concluir que as alterações anátomo-funcionais estão presentes na maioria dos pacientes com TA estudados. Dentre as alterações anatômicas, as mais frequentes foram a persistência do cavum do septo pelúcido e sua continuidade com o cavum Vergae; a angulação anterior do esplênio do corpo caloso; o afilamento da porção posterior do corpo caloso e a hipogenesia global do corpo caloso, sendo portanto, o corpo caloso o local de maior ocorrência dessas alterações. Dentre as alterações funcionais, as mais frequentes foram a hipoconcentração do radiofármaco no córtex frontal esquerdo e no lobo temporal esquerdo. Apesar da presença dessas alterações anátomo-funcionais serem frequentes, não podemos firmar o diagnóstico de TA, baseado nos exames complementares uma vez que o quadro clínico nunca está relacionado totalmente com essas alterações. Por tanto, o diagnóstico de TA continua sendo prioritariamente clínico.
Recebido 28 Fevereiro 2003, recebido na forma final 20 Junho 2003. Aceito 10 Julho 2003
Dra. Marbene Guedes Machado - Rua Cedro 101 - 49015-150 Aracaju SE - Brasil. E-mail: marbeneguedes@uol.com.br
1. Lord A, Kingsley D E. Imaging in child Neurology In Brett EM. Paediatric neurology. 3.Ed. London Chirchill Livingstone,1997.
Paediatric neurology
1997
Lord
A
Kingsley
D E
Brett
EM
2. Nash JM. The secrets of autism: the number of children diagnosed with autism and Asperger's in the US. is exploding. Why? Time 2002; May 6:3242.
The secrets of autism: the number of children diagnosed with autism and Asperger's in the US. is exploding. Why?
Time
2002
32
42
6
Nash
JM
3. Ciesielski T, Knight JE. Cerebellar abnormality in autism: a nonspecific effect of early brain damage? Acta Neurobiol Exp (Worsz) 1994;54:151-154.
Cerebellar abnormality in autism: a nonspecific effect of early brain damage?
Acta Neurobiol Exp
1994
151
154
54
Ciesielski
T
Knight
JE
4. Cordeiro MA. Autismo Manual. Brasília: Gráfica do Senado, 1989.
Autismo Manual
1989
Cordeiro
MA
5. Carper RA, Courchesne E. Inverse correlation between frontal lobe and cerebellum sizes in children with autism. Brain 2000;123:836-844.
Inverse correlation between frontal lobe and cerebellum sizes in children with autism
Brain
2000
836
844
123
Carper
RA
Courchesne
E
6. Courchesne E, Saitoh O, Yeung-Courchesne R, et al. Abnormality of cerebellar vermion lobules VI and VII in patients with infantile autism: identification of hypoplastic and hyperplastic subgroups with MR imaging. Am J Roentgenol 1994;162:123-130.
Abnormality of cerebellar vermion lobules VI and VII in patients with infantile autism: identification of hypoplastic and hyperplastic subgroups with MR imaging
Am J Roentgenol
1994
123
130
162
Courchesne
E
Saitoh
O
Yeung-Courchesne
R
7. Hardan AY, Minshew NJ, Harenski K, Keshavan M.S. Posterior fossa magnetic resonance imaging in autism. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2001;40:666-672.
Posterior fossa magnetic resonance imaging in autism
J Am Acad Child Adolesc Psychiatry
2001
666
672
40
Hardan
AY
Minshew
NJ
Harenski
K
Keshavan
M. S.
8. Harris NS, Courchesne E, Towsend J, Carper RA, Lord C. Neuroanatomic contribuitions to slowed orienting of attention in children with autism. Brain Res Cogn 1999;8:61-71.
Neuroanatomic contribuitions to slowed orienting of attention in children with autism
Brain Res Cogn
1999
61
71
8
Harris
NS
Courchesne
E
Towsend
J
Carper
RA
Lord
C
9. Hass NH, Townsend J, Courchesne E, Lincoln AJ, Schreibman L, Yeung-Ourchesne R. Neurologic abnormalities in infantile autism. J Child Neurol 1996;11:84-92.
Neurologic abnormalities in infantile autism
J Child Neurol
1996
84
92
11
Hass
NH
Townsend
J
Courchesne
E
Lincoln
AJ
Schreibman
L
Yeung-Ourchesne
R
10. Holttum JR, Minshew NJ, Sander SSR, Phillips NE. Magnetic resonance imaging of the posterior fossa in autism. Biol Psychiatry 1992;32:1091-1101.
Magnetic resonance imaging of the posterior fossa in autism
Biol Psychiatry
1992
1091
1101
32
Holttum
JR
Minshew
NJ
Sander
SSR
Phillips
NE
11. Piven J, Arndt S, Bailey J, Andreasen N. Regional brain enlargment in autism: a magnetic resonance imaging study. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 199;35:530-536.
Regional brain enlargment in autism: a magnetic resonance imaging study
J Am Acad Child Adolesc Psychiatry
530
536
35
Piven
J
Arndt
S
Bailey
J
Andreasen
N
12. Gaffney GR, Kuperman S, Tsai LY, Minchin S, Hassanein KM. Cerebellar structure in autism. Am J Dis Child 1987;141:1330-1332.
Cerebellar structure in autism
Am J Dis Child
1987
1330
1332
141
Gaffney
GR
Kuperman
S
Tsai
LY
Minchin
S
Hassanein
KM
13. Zilbovicius M, Garreau B, Samson Y, Remy P, Barthelemy C, Syrota A. Delayed maturation of the frontal cortex in childhood autism. Am J Psychiatry 1995;152:248-252.
Delayed maturation of the frontal cortex in childhood autism
Am J Psychiatry
1995
248
252
152
Zilbovicius
M
Garreau
B
Samson
Y
Remy
P
Barthelemy
C
Syrota
A
14. Yitzchak F, Pavlakis SG. Brain imaging in neurobehavioral disorders. Peadiatr Neurol 2001;25:278-287.
Brain imaging in neurobehavioral disorders
Peadiatr Neurol
2001
278
287
25
Yitzchak
F
Pavlakis
SG
15. Saitoh O, Courchesne E. Magnetic resonance imaging study of the brain in autism. Psichiatry Clin Neurosci 1998;52 (Suppl):219-222.
Magnetic resonance imaging study of the brain in autism
Psichiatry Clin Neurosci
1998
219
222
52
Saitoh
O
Courchesne
E
16. Courchesne E, Hesselink JR, Jernigan TL, Yeung-Courchesne R. Abnormal neuroanatomy in a nonretarded person with autism. Unusual findings with magnetic resonance imaging. Arch Neurol 1987;44:335-341.
Abnormal neuroanatomy in a nonretarded person with autism. Unusual findings with magnetic resonance imaging.
Arch Neurol
1987
335
341
44
Courchesne
E
Hesselink
JR
Jernigan
TL
Yeung-Courchesne
R
17. Gaffney GR. Midsagittal magnetic resonance imaging en autism. Br J Psychiatry 1987;151:831-833.
Midsagittal magnetic resonance imaging en autism
Br J Psychiatry
1987
831
833
151
Gaffney
GR
18. Kleiman MD, Nepp S, Rosman NP. The brain in infantile autism: are posterior fossa structures abnormal? Neurology 1992;42:753-760.
The brain in infantile autism: are posterior fossa structures abnormal?
Neurology
1992
753
760
42
Kleiman
MD
Nepp
S
Rosman
NP
19. Courchesne E. Neuroanatomic imaging in autism. Pediatrics 1991; 87:781-190.
Neuroanatomic imaging in autism
Pediatrics
1991
781
190
87
Courchesne
E
20. Pierce, K Courchesne E. Evidence for a cerebellar role in reduced exploration and stereotyped behavior in autism. Biol Psychiatry 2001;49:655-664.
Evidence for a cerebellar role in reduced exploration and stereotyped behavior in autism
Biol Psychiatry
2001
655
664
49
Pierce
K
Courchesne
E
21. Ryu YH, Lee JD, Yoon PH, Kim DI, Lee HB, Shin YJ. Perfusion impairments in infantile autism on technetium-99m ethyl cysteinate dimer brain single-photon emission tomography: comparision with findings on magnetic resonance imaging. Eur J Nucl Med 1999; 26:253-259.
Perfusion impairments in infantile autism on technetium-99m ethyl cysteinate dimer brain single-photon emission tomography: comparision with findings on magnetic resonance imaging
Eur J Nucl Med
1999
253
259
26
Ryu
YH
Lee
JD
Yoon
PH
Kim
DI
Lee
HB
Shin
YJ
22. Hashimoto T, Sasaki M, Fukumizu M, Hanaoka S, Sugai K, Matsuda H. Single-photon emission computed tomography of the brain in autism: effect of the developmental level. Pediatr Neurol 2000;23:416-420.
Single-photon emission computed tomography of the brain in autism: effect of the developmental level
Pediatr Neurol
2000
416
420
23
Hashimoto
T
Sasaki
M
Fukumizu
M
Hanaoka
S
Sugai
K
Matsuda
H
23. Piven J, Saliba K, Bailey J, Arndt S. An MRI study of autism: the cerebellum revisited. Neurology 1985;6:866-874.
An MRI study of autism: the cerebellum revisited
Neurology
1985
866
874
6
Piven
J
Saliba
K
Bailey
J
Arndt
S
24. Courchesne E. Brainstem, cerebellar and limbic neuroanatomical abnormalities in autism. Curr Opin Neurobiol 1997;7:269-275.
Brainstem, cerebellar and limbic neuroanatomical abnormalities in autism
Curr Opin Neurobiol
1997
269
275
7
Courchesne
E
25. Zilbovicius M, Garreau B, Tzourio O, et al. Regional cerebral blood flow in childhood autism: a SPECT study. Am J Psychiatry 1992;149:924-930.
Regional cerebral blood flow in childhood autism: a SPECT study
Am J Psychiatry
1992
924
930
149
Zilbovicius
M
Garreau
B
Tzourio
O
26. Mountz JM, Tolbert LC, Lill DW, Katholi CR, Liu HG. Functional deficits in autistic disorder : characterization by technetium-99m-HMPAO and SPECT. J Nucl Med 1995;36:1156-1162.
Functional deficits in autistic disorder: characterization by technetium-99m-HMPAO and SPECT
J Nucl Med
1995
1156
1162
36
Mountz
JM
Tolbert
LC
Lill
DW
Katholi
CR
Liu
HG
Authorship
Marbene Guedes Machado
Universidade Federal de Sergipe, Hospital Universitário , Serviço de Neurologia, Aracaju, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilAracaju, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Hospital Universitário , Serviço de Neurologia, Aracaju, Sergipe, Brazil
Hélio Araújo Oliveira
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, Brazil
Rosana Cipolotti
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, Brazil
Clara Augusta Garcia Moreno Santos
Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Sergipe, Brazil
Emanoella Faro de Oliveira
Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Sergipe, Brazil
Robert Moraes Donald
CLIMEDI, Serviço de Medicina Nuclear CLIMEDICLIMEDI, Serviço de Medicina Nuclear
Miriam Peres de Oliveira Krauss
DIAGNOSIS, Serviço de Ressonância Nuclear Magnética DIAGNOSISDIAGNOSIS, Serviço de Ressonância Nuclear Magnética
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
Universidade Federal de Sergipe, Hospital Universitário , Serviço de Neurologia, Aracaju, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilAracaju, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Hospital Universitário , Serviço de Neurologia, Aracaju, Sergipe, Brazil
DIAGNOSIS, Serviço de Ressonância Nuclear Magnética DIAGNOSISDIAGNOSIS, Serviço de Ressonância Nuclear Magnética
Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Sergipe, Brazil
CLIMEDI, Serviço de Medicina Nuclear CLIMEDICLIMEDI, Serviço de Medicina Nuclear
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, BrazilUniversidade Federal de SergipeBrazilSergipe, BrazilUniversidade Federal de Sergipe, Departamento de Medicina , Sergipe, Brazil
Machado, Marbene Guedes et al. Anatomical and functional abnormalities of central nervous system in autistic disorder: a MRI and SPECT study. Arquivos de Neuro-Psiquiatria [online]. 2003, v. 61, n. 4 [Accessed 13 April 2025], pp. 957-961. Available from: <https://doi.org/10.1590/S0004-282X2003000600013>. Epub 06 Jan 2004. ISSN 1678-4227. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2003000600013.
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEUROR. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 -
São Paulo -
SP -
Brazil E-mail: revista.arquivos@abneuro.org
rss_feed
Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.